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CAPES e CBC debatem relação entre educação e clima
O enfrentamento às mudanças climáticas passa por educar a população e formar pessoal qualificado para tomar decisões que afetam diretamente o mundo inteiro. Foi com base nessa premissa que a CAPES e o Centro Brasil no Clima (CBC) debateram nesta sexta-feira, 19 de maio, possíveis ações para capacitar cientistas e preparar gestores públicos. A estes soma-se um quadro de professores na educação básica e no ensino superior que possua robusta qualificação na área.
As discussões tiveram por base alguns pontos do Relatório de Síntese do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Mercedes Bustamante, presidente da CAPES e revisora e editora do documento, fez uma apresentação em que destacou a ameaça existencial ao bem-estar do ser humano que as mudanças climáticas representam, os avanços da ciência no entendimento e a necessidade de essas noções serem utilizadas na formulação de políticas públicas.
“Um grande avanço científico é hoje falarmos, com certeza, que a ação humana causou um impacto de X% em um evento climático extremo”, disse a presidente da CAPES. O que se põe em questão, observou, é usar a missão de formar professores para que isso se dissemine na sociedade. “Isso envolve a educação básica, porque os professores vão dar aulas nas escolas, e o ensino superior, porque a formação deles ocorre nas universidades. É preciso que o assunto esteja nos currículos”, afirmou Bustamante.
Infraestrutura adequada é requisito básico para que esse movimento avance. Como exemplos do que o governo tem feito e pode fazer, a gestora citou os reajustes dos valores das bolsas e das merendas escolares e o Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Emergências Climáticas como ações já concretizadas. Do que está em discussão, Bustamante listou demandas do Ministério do Meio Ambiente e de Secretarias de Educação pela formação de gestores e de professores. A ideia é pensar novos programas de mestrado e de doutorado profissional voltados para o campo das mudanças climáticas.
O CBC se prontificou a atuar em conjunto. Simone Pszczol, diretora de Gestão, defendeu a participação da sociedade em uma atuação do governo alinhada ao terceiro setor. William Wills, diretor Técnico, ressaltou que a missão do Centro é ser um “ think tank que faz a ponte entre o conhecimento”. Guilherme Syrkis, diretor-executivo, disse que a instituição tem “um foco muito grande de estar sempre de mãos dadas com a academia”.
Os outros participantes do encontro foram Julia Froeder, coordenadora de Campanhas Internacionais no The Climate Reality Project Brasil, que reforçou a importância do terceiro setor no debate, e Sérgio Besserman, presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que afirmou ser a alfabetização o ponto de partida de qualquer área, lembrando ainda que o País precisa avançar nessa questão.
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da reunião (Foto: Divulgação)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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