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GESTÃO DA EDUCAÇÃO
CAPES e Abruem debatem desigualdades na pós-graduação
As desigualdades na pós-graduação e socioeconômicas do Brasil pautaram as discussões da CAPES no 69º Fórum de Reitoras e Reitores da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem). O encontro ocorreu nesta sexta-feira, 26 de maio, com a participação de Mercedes Bustamante, presidente da Fundação, por videoconferência.
O Brasil tem, hoje, 42 universidades estaduais e 61 municipais, distribuídas por 22 unidades da Federação. As instituições têm características diferentes de boa parte das federais, como estruturas com vários campi , atuação interiorizada na pós-graduação e impacto no desenvolvimento local e regional. Ocorre que os programas de pós-graduação delas têm, em média, menos que 18 anos.
Essas características permearam o debate nesta sexta. Mercedes Bustamante observou que o olhar do governo federal, para além da CAPES e de outras agências de fomento, já tem sido de forma diferente, ao enxergar os vários Brasis, as diferenças regionais. “As metas do Plano Plurianual atuais são regionalizadas”, observou. Diante disso, a intenção é ajustar um Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) para os anos de 2024 a 2028 com um Plano Nacional de Educação (PNE) de forma equitativa, ou seja, com abordagens diferenciadas.
Como exemplos do que deve ser feito para atender às partes menos desenvolvidas do País no âmbito da pós-graduação, a presidente da CAPES citou a retomada do Programa Abdias Nascimento, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC). O Programa é voltado às ações afirmativas da Fundação a partir de 2024.
Francisco Mendonça Júnior, pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e representante da Abruem na comissão responsável pela elaboração do novo PNPG, citou os PDPG da Amazônia Legal, Região Semiárida Brasileira e Parcerias Estratégicas nos Estados como exemplos de ações da CAPES para reduzir as desigualdades. “As assimetrias da pós-graduação refletem a desigualdade socioeconômica do País”, observou.
Ao final da participação da CAPES, Francisco Lima Junior, presidente da Abruem, disse que o Brasil tem um forte sistema federal de ensino superior e que espera uma expansão para os âmbitos estadual e municipal. “Queremos que a Abruem, as universidades estaduais e municipais entrem nesse rol, nessa geopolítica”, disse.
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da reunião (Foto: Divulgação)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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