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CAPES disponibiliza acesso a Seminário de Orientação para proposta de novos cursos
O Seminário “Orientação para elaboração de propostas de novos cursos de pós-graduação”, realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA), no dia 4 de maio está disponível para visualização e download . O encontro foi promovido em todas as regiões do Brasil pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio da diretoria de Avaliação, e em parceria com o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP) . O objetivo da iniciativa é fortalecer o diálogo com as instituições e facilitar a participação dos gestores e pesquisadores.
Responsável pela condução do Seminário, o assessor da diretoria de Avaliação da CAPES, André Brasil, apresentou um panorama das 656 propostas submetidas em 2016, entre mestrados, doutorados, mestrados profissionais e mestrado/doutorado juntos. Expôs o fluxo geral de avaliação de propostas de cursos novos, bem como orientações para a elaboração das propostas, baseadas na legislação vigente e em casos e diagnósticos acerca do processo de avaliação dos programas. Em sua fala, o assessor destacou os aspectos a serem considerados pelos avaliadores das propostas. “Mais do que a quantificação, são fundamentais a qualidade, a coerência e a articulação das informações no contexto da proposta a ser submetida”, disse.
Os mestrados e os doutorados profissionais também tiveram espaço na apresentação. Foram apresentadas suas características e as expectativas da CAPES em relação à modalidade, ressaltando a necessidade de configuração dessa modalidade no país com vistas ao desenvolvimento profissional e à aplicação do saber científico em saber fazer. “Um programa profissional tem ciência? Tem. Tem busca pelo conhecimento? Tem. Tem pesquisa? Tem. É Stricto Sensu . Não é Lato Sensu . Tudo isso é necessário, só que com um objetivo prático”, completou Brasil.
Segundo o assessor, os desafios para a consolidação do perfil dos programas profissionais são inúmeros, mas já é possível, a partir de diagnósticos, observar tendências e lacunas. Um dos estudos expostos, com base em dados da Avaliação Quadrienal 2013-2016, revelou o perfil das produções intelectuais e técnicas/artísticas de mestrados acadêmicos e profissionais. Notou-se que as produções são quantitativamente similares entre cursos que receberam notas de 1 a 4, começando a existir uma diferenciação mais evidente entre cursos avaliados com nota 5. Isso demonstra, segundo André Brasil, que “Quanto mais maduro um programa de mestrado, mais ele assume a sua característica principal. Então, os programas acadêmicos, passam a ter uma produção bibliográfica maior do que os programas profissionais. E os programas profissionais, cada vez mais, passam a ter uma produção técnica superior à dos programas acadêmicos”, explicou.
Para o pesquisador, contudo, ainda é preciso avançar nos critérios e nas formas de avaliação, assim como na constituição do papel dos mestrados e, sobretudo, dos doutorados profissionais, cuja criação tornou-se possível com a publicação da Portaria N° 389, de 23 de março de 2017 .
Discussões
Participaram do Seminário pró-reitores de pós-graduação, coordenadores de programas e de novas propostas e servidores que atuam na área, oriundos de várias instituições públicas e privadas da região norte. Estiveram presentes também gestores e pesquisadores dos estados do Mato Grosso, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte.
A programação contou ainda com uma rodada para sanar dúvidas, na qual os participantes expuseram situações recorrentes em suas instituições, buscando orientação da CAPES para os encaminhamentos. Também foram feitas colocações e sugestões para a melhoria do processo de avaliação da pós-graduação. Na fala de muitos professores, reiterou-se a necessidade de encontrar soluções para as assimetrias regionais e de estabelecer critérios avaliativos compatíveis com as diversidades e particularidades das regiões.
Raphael Sanzio Pimenta, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), defendeu a necessidade de um valor diferenciado para o Programa de Apoio à Pós-graduação na Região Norte. “Nosso custo de funcionamento da pós-graduação na Região Norte é maior. A região não quer tratamento especial na avaliação, queremos apenas o recurso proporcional. Porque já foi amplamente falado que nós financiamos a pesquisa no Sudeste. Isso é bom ressaltar porque muitos acham que a Região Norte está com o pires na mão, pedindo favor. Mas, na verdade, nós estamos financiando pesquisas em áreas mais desenvolvidas do país”, disse.
Já para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA, Rômulo Simões Angélica, o Seminário foi um espaço de diálogo amplo sobre a pós-graduação. “Tivemos discussões que vão além da simples elaboração de propostas, pois a elaboração implica em pensar na pós-graduação para o país, pensar na região [Norte], o que, para mim, é muito rico e nos motiva a melhorar, crescer”.
Durante o período do Seminário, a equipe técnica da CAPES realizou atendimentos para verificação de situações de propostas específicas. O evento contou com transmissão online e em tempo real, possibilitando o acompanhamento de forma remota. A filmagem na íntegra da apresentação e da rodada de discussões podem ser acessadas aqui.
Acesse as apresentações do Seminário .
(Brasília - CCS/CAPES – Com informações da UFPA)
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