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ENPROP
CAPES destaca relevância da atração de jovens cientistas
A necessidade de atrair – cada vez mais – jovens para a ciência foi um dos destaques da apresentação de Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, no encerramento da 39ª edição do Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Enprop), na última quarta-feira, 01, em Curitiba (PR). Realizado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) desde segunda-feira, 31 de outubro, a edição deste ano teve como tema “A ciência na reconstrução nacional”.
A gestora apontou para a necessidade de que, “instituições de ensino, agências de fomento à pesquisa e formuladores de políticas públicas pensem no papel da educação do Século XXI”. Diretores da fundação também participaram dos debates e a CAPES teve um estande para tirar dúvidas dos participantes, principalmente sobre editais de seleção de projetos e prazos dos processos de avaliação.
“Os estudantes de amanhã acabarão fazendo um trabalho que ainda não existe. Por isso, é necessário não apenas se concentrar em habilidades específicas, que são necessárias hoje, mas olhar para novos paradigmas e de uma forma mais holística”, salientou. Bustamante também reforçou que a avaliação dos programas de pós-graduação precisa não apenas aferir o que os cursos fizeram no passado, mas entender melhor qual o caminho eles estão trilhando para o futuro.
A presidente ressaltou que a pós-graduação deve estar comprometida em desenvolver profissionais inovadores, mas que sejam críticos e com compromissos sociais, e não apenas replicadores de conhecimento. “Para que busquem inovação para solucionar os problemas complexos que a sociedade vivencia”, afirmou. Bustamante propôs uma série de recomendações voltadas aos pesquisadores em início de carreira, como fortalecer as iniciativas de capacitação, principalmente para as mulheres, maximizar oportunidades de networking e garantir acesso aos financiamentos.
Mercedes também falou do andamento do Plano Nacional de Pós-Graduação, para o período de 2024 a 2028, das estratégias para aumentar a formação de doutores e das ações para combater a desigualdade regional, étnico-racial e de gênero na pós-graduação. Participaram das discussões, Odir Dellagostin, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e Olival Freire Junior, diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os trabalhos foram moderados por Francisco Mendonça, pró-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Volta da CAPES ao Enprop
A CAPES voltou a participar do Enprop, realizado anualmente, depois da ausência em duas edições, que ocorreram no Acre e em Sergipe. “Essa reunião com os pró-reitores é essencial para avaliar as estratégicas, desenhar programas de forma coletiva e entender como o sistema pode ser aprimorado, escutando as demandas e colocando os nossos desafios. Sem esse diálogo, o trabalho da CAPES não faz muito sentido”, argumentou Mercedes Bustamante.
Para Robério Rodrigues, presidente do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop), a participação da CAPES no encontro é fundamental e ratifica o retorno do diálogo com a Fundação que ocorreu a partir de 2023. “Isso tem ajudado a comunidade científica brasileira a reconstruir as pontes”, afirmou.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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