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CAPES destaca papel da ciência brasileira durante pandemia
Benedito Aguiar falou sobre ações e aprendizados no período de pandemia da COVID-19
No Congresso WebHall EPM , organizado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo ( UNIFESP ), Benedito Aguiar, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), falou sobre ‘Ciência e pós-graduação em tempos de COVID-19: aprendizados e perspectivas’, nesta sexta-feira, 14, destacando que, no atual cenário, "a ciência desempenha um papel fundamental e só com a junção de esforços será possível vencer os desafios impostos pela crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus”. O evento, mediado por Helena Nader, também contou com a participação do CNPq e da Finep.
Aguiar explicou que o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) está diretamente inserido neste contexto, uma vez que o conhecimento é gerado na academia e é, especialmente na pós-graduação, que se encontra cerca de 95% da produção científica do País. Em sua fala, comentou que, apesar de relativamente jovem, o SNPG teve um crescimento de 49% na última década e conta com 4.667 programas de pós-graduação (PPG), quase 300 mil alunos e sete mil cursos de mestrado e doutorado. “É louvável que, em meio a tantos desafios e restrições impostos pela pandemia, nossos pesquisadores continuem envoltos na ciência e suas atividades”, destacou.
O presidente lembrou de grandes descobertas feitas pela ciência brasileira, como o sequenciamento genético do vírus, que ocorreu em 48h, após sua identificação oficial no País. Também apontou à conscientização da sociedade sobre a necessidade da educação, da ciência e da tecnologia neste momento de pandemia: “No ensino e disseminação do conhecimento é notória a importância, comprovada, do uso de ferramentas de tecnologia da informação e comunicação. Pessoas, grupos, universidades e escolas passaram a utilizá-las, ajudando a superar a distância física para a troca de informações e experiências”.
Benedito citou algumas medidas adotadas pela CAPES para mitigar os efeitos causados pela pandemia, como a prorrogação excepcional de 90 dias dos prazos de vigência das bolsas de mestrado e doutorado no País. Também lembrou que foi facultada a volta ao Brasil de pesquisadores que estavam no exterior e, àqueles que, apesar de concluídos os trabalhos, não puderam retornar, foi concedida a prorrogação da bolsa por 60 dias, para que voltassem em segurança no momento oportuno.
Outra importante ação mostrada pelo presidente foi o Programa de Combate a Epidemias que com um investimento de R$200 milhões e a concessão de 2.600 bolsas em três editais, selecionou 109 projetos de pesquisa envolvendo mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. Os trabalhos vão estudar temas relacionados a epidemias, fármacos e imunologia e telemedicina e análise de dados médicos.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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