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PÓS-GRADUAÇÃO
CAPES destaca importância do Censo da Pós-graduação em simpósio sobre maternidade e ciência
O Censo da Pós-Graduação será a ferramenta para identificar quem são, de fato, os pós-graduandos do Brasil. A questão foi levantada pela presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, nesta quinta-feira, 17 de outubro, na abertura do IV Simpósio Brasileiro sobre Maternidade e Ciência, organizado pelo Movimento Parent in Science, no Rio de Janeiro.
A gestora explicou os fatores limitantes, que decorrem do formato em que a coleta de dados é feita hoje na Avaliação Quadrienal. “O que existe na CAPES são dados informados pelo coordenador do programa de pós-graduação”, disse. “Essas informações são confiáveis em relação à produção científica, mas não nas questões sociais individuais. Por isso, precisamos do Censo, com dados preenchidos pelos próprios pós-graduandos”, afirmou.
Com os dados mais confiáveis, frisou a presidente da CAPES, ficará mais fácil formular políticas públicas baseadas em evidências. A fala veio em meio a um debate sobre maternidade e ciência, na qual as mulheres – principalmente as mães – têm mais dificuldades para progredir na carreira científica. Hoje, as mulheres são maioria, como estudantes de pós-graduação, em todas as áreas do conhecimento à exceção das áreas de Engenharias, das Ciências Sociais e Exatas.
Denise Pires de Carvalho citou ações da CAPES que têm a equidade de gênero como norte. Uma delas é o edital para projetos no exterior do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, no qual metade das missões de estudo no exterior deve ser realizada por mulheres, com preferência para autodeclaradas pretas, pardas, indígenas, ou com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades. A outra iniciativa é o Prêmio CAPES Futuras Cientistas, criado para incentivar o aumento da participação de professoras e alunas de escolas públicas estaduais nos espaços de desenvolvimento científico das áreas de ciências exatas.
Também participaram da mesa de abertura a analista em Ciência e Tecnologia e integrante do Programa Mulher e Ciência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Maria Lúcia Braga, a diretora científica da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Eliete Bouskela, a diretora do Programa de Ciência do Instituto Serrapilheira, Cristina Caldas, e a coordenadora do Movimento Parent in Science (PiS), Fernanda Staniscuaski.
Assista à íntegra da abertura do simpósio.
Sobre o Censo da Pós-Graduação
Instituído em abril, o Censo da Pós-Graduação servirá para embasar tomadas de decisões e condução de políticas públicas, em especial as de ações afirmativas, e englobará todos os cursos de mestrado e doutorado reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). A Portaria nº 99/2024 estabelece como partes integrantes do Censo os dados demográficos e os relacionados às condições socioeconômicas, culturais, étnico-raciais, de gênero e da educação especial, além de informações relacionadas às atuações por área do conhecimento.
Sobre o Movimento Parent in Science
O Movimento Parent in Science foi criado em 2016 para promover a discussão sobre parentalidade na ciência e o impacto dos filhos na vida das mães e dos pais que trilham a carreira científica. Atualmente, 72 embaixadoras e embaixadores, distribuídos pelas cinco regiões do Brasil, representam o PiS.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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