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AÇÕES AFIRMATIVAS
CAPES destaca ações de promoção de equidade de gênero
Ao fazer um panorama dos investimentos da CAPES na pós-graduação stricto sensu, a presidente da Fundação, Denise Pires de Carvalho, destacou as ações estratégicas voltadas para a equidade de gênero e étnico-racial. A apresentação fez parte da palestra da gestora no encerramento do seminário “Orçamento Sensível a Gênero: integrando a perspectiva de igualdade nas finanças públicas”, organizado pela Escola Superior do Ministério Público da União e ONU Mulheres, na última sexta-feira, 27 de setembro.
Denise Pires de Carvalho, ao mostrar dados que evidenciam a dificuldade de ascensão das mulheres na ciência, ressaltou que as ações afirmativas passaram a ser prioridade na CAPES e em todo o Governo Federal a partir de 2023 para a superação desse cenário. “Não podemos pensar em política pública sem inclusão, sem interiorização para diminuir as assimetrias nacionais, com iniciativas direcionadas para a equidade e para que haja um ambiente com mais diversidade”, reforçou.
Uma das ações citadas pela presidente é a criação do Comitê Permanente de Ações Estratégicas e Políticas para Equidade de Gênero , que irá sugerir iniciativas para aumentar a representatividade das mulheres em posições de decisão e de comando na pós-graduação. Outra é a criação do Prêmio CAPES Futuras Cientistas, que incentiva o aumento da participação feminina nos espaços de desenvolvimento científico, nas áreas de ciências exatas conhecidas pela sigla STEM – Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
A presidente da CAPES também falou do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento voltado à promoção de ações afirmativas na pós-graduação stricto sensu e formação de professores para a educação básica. A iniciativa prevê, por exemplo, que pelo menos metade das missões de estudo no exterior deverá ser realizada por mulheres, com preferência para as autodeclaradas pretas, pardas, indígenas, ou com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades.
“Essas iniciativas, além da equidade de gênero, buscam também enfrentar aspectos importantes relacionados à desigualdade étnico-racial e demais interseccionalidades”, afirmou Denise. Em sua apresentação, a presidente mostrou que para as mulheres negras a assimetria é ainda maior. “Elas têm menos acesso, menor taxa de conclusão da educação superior e muito menor remuneração salarial. Por isso, é importante as ações levem em conta questões de gênero e étnico-raciais.” Os programas da CAPES atendem cerca 200 mil bolsistas da pós-graduação e da formação de professores da educação básica, no Brasil e no exterior, e as mulheres são a maioria dos beneficiários.
A conferência de encerramento do evento, intitulado Pesquisa sobre Políticas Públicas e Orçamentação de Gênero e a Desigualdade na Concessão de Bolsas Acadêmicas, foi mediada pela auditora do TCU, Selma Serpa. Teve participação da professora da Universidade da Irlanda, Finnborg Steinporsdóttir, da representante do Movimento Elas no Orçamento, Rita Santos, e da professora da UnB, Ana Cláudia Farranha. Também estiveram presentes a professora da Unigranrio, Aline Teodoro de Moura, e Rodrigo Lima, do Ministério Público. Os estudantes Isabelle Cunha e Denyscley Bandeira apresentaram estudos de caso.
Acesse neste link a íntegra da conferência de encerrado: https://www.youtube.com/live/N_Dn2Q5vq6c?si=Z-X7oJud7XOqHNLl
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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