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PÓS-GRADUAÇÃO
CAPES defende olhar para demandas das novas gerações
Entender a realidade e as demandas da nova geração de pós-graduandos e ampliar as parcerias em programas de formação de professores. Esses foram alguns pontos destacados por Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, no Seminário ‘USP Pensa Brasil: o futuro da pós-graduação e a inclusão das diferenças’, realizado virtualmente nesta terça-feira, 3 de outubro.
Ao informar sobre os investimentos da Fundação na Universidade de São Paulo (USP), que totalizaram R$ 230 milhões em 2021, Mercedes Bustamante lembrou que apenas 4% desses recursos são aplicados pelos Programas da CAPES voltados à formação de professores da educação básica. “É preciso pensar em uma maneira de aprimorar essa parceria para ampliar a oferta de vagas na formação de professores”.
A presidente da CAPES também chamou a atenção para a necessidade de se olhar para a realidade das novas gerações de potenciais estudantes da pós-graduação. “É preciso abrir para esse momento novo que veio com as mudanças no perfil dos alunos da graduação, principalmente com os avanços das ações afirmativas. São demandas muito diferentes das antigas, por isso temos que trabalhar com a perspectiva do futuro”.
Mercedes Bustamante fez um panorama da distribuição das matrículas da educação básica à pós-graduação nas instituições públicas e privadas. Lembrou que no país há mais de sete mil cursos de mestrado e doutorado, com mais de 100 mil ingressantes e 80 mil concluintes por ano, e que a USP oferta 28% da pós-graduação do Estado de São Paulo. Falou ainda do processo democrático de construção do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), que realizou oficinas para colher subsídios nas 27 Unidades da Federação e teve a participação de 670 pessoas.
Ela também salientou que o número de titulados voltou a crescer após a pandemia de COVID-19, principalmente em regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Isso está associado ao que eu chamo de endogenia positiva, ou seja, a ampliação da oferta de cursos com qualidade permite a fixação de recursos humanos que procuram menos a formação fora da sua região, o que expande a própria capacidade de trabalhar em problemas mais ligados as suas realidades”.
Segundo Rodrigo Calado, pró-reitor de Pós-Graduação da USP, que mediou o debate, a instituição paulista tem se preocupado com a formação no mestrado e doutorado. “A ideia é que a pós-graduação possa ser mais eficaz, dando uma formação sólida, ampla, humanista e interdisciplinar, e eficiente na entrega de profissionais altamente competentes com pensamento original, crítico e inovador”. Também participaram do debate, Rita Barradas Barata, médica e ex-diretora de Avaliação da CAPES, e Carlos Caramori, professor da Unesp e coordenador do Grupo de Trabalho da CAPES sobre o ensino híbrido na pós-graduação.
Legenda das imagens:
Imagem dentro da matéria: Montagem do print da tela do computador. Mercedes Bustamante participa do Seminário ‘USP Pensa Brasil: o futuro da pós-graduação e a inclusão das diferenças’. (Foto: Divulgação )
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). (Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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