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REPRESENTAÇÃO
CAPES debate participação feminina no poder
Nesta sexta-feira, 10, Cláudia Queda de Toledo, presidente da CAPES, participou do painel Participação Feminina no Poder , durante o I Congresso Sobre o Capitalismo Humanista Feminino, promovido pelo Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Direito (PPGD) da Universidade Nove de Julho (Uninove).
A presidente considera que, muito além de qualquer questão ideológica ou de formação de valores, o tema do debate refere-se a uma luta por dignidade, igualdade substancial e reconhecimento do direito da mulher. Ela aproveitou para parabenizar a Uninove pelo protagonismo no assunto e pelo espaço de fala. “Hoje, um dos maiores obstáculos a ser vencido na democracia brasileira é a exclusão da mulher da vida pública e das esferas de poder”, comentou.
Cláudia de Toledo apontou alguns números atuais que confirmam sua constatação, como a porcentagem de mulheres no poder legislativo federal. “Na Câmara dos Deputados, temos apenas 16% de representação feminina, e só 15% no Senado”. A presidente chamou atenção para a baixa representatividade feminina também na realidade da CAPES, sendo ela a quarta mulher a presidir a Fundação, em 70 anos.
Ricardo Sayeg, diretor do PPGD da Uninove, explicou que o propósito do programa é “servir como instrumento de construção e edificação de um mundo melhor, que, para além da área de concentração, tem a peculiaridade da alma feminina”. O diretor encerrou sua fala agradecendo à presidente da CAPES em nome da Universidade, “pelo serviço público prestado ao Brasil e, principalmente, para a pós-graduação brasileira”.
Vanessa Mateus, presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), também mostrou números sobre a participação da mulher na sociedade e frisou que “essa não é uma pauta feminina, é civilizatória, e por isso precisa da participação de homens e mulheres, para conseguir resultados práticos”.
O painel foi presidido por Renata Mota Maciel, professora do PPGD e magistrada no Tribunal de Justiça de São Paulo, e contou com a participação do professor Antônio Carlos da Ponte, do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).