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EDUCAÇÃO SUPERIOR
CAPES debate Avaliação em fórum da FGV
A Avaliação Quadrienal não tem o papel de tutelar os programas de pós-graduação (PPG). Cabe à CAPES e à comunidade acadêmico-científica trabalharem em conjunto para avaliar os programas, frente aos resultados que eles se propõem a obter, e captar a essência e o impacto efetivo que cada PPG tem na realidade em que está inserido. Esta mensagem foi apresentada pela Fundação no Fórum FGV da Educação Superior, realizado na segunda-feira, 24 de junho, na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
A Agência participou da segunda mesa de debate, do total de quatro mesas do evento, com o tema Avaliação da Educação Superior – Desafios com o Desenvolvimento da Nação. Entre os pontos de debate, estiveram o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado em 2004, e o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), coordenado pela CAPES. Neste, os PPG são avaliados desde 1976, em um processo que serve como referência para o Sinaes.
A pós-graduação brasileira começou a ser definida e regulamentada pelo governo somente a partir de 1965. A Avaliação, com quase meio século de existência, é tida como uma política de Estado de sucesso, pelo importante papel que desempenhou na expansão do SNPG por todo o País. De acordo com Antonio Gomes, diretor de Avaliação da CAPES, até hoje esse crescimento ocorreu por demanda espontânea, mas agora, com o Sistema já consolidado, é preciso pensar de forma estratégica e expandir a oferta de pós-graduação também por meio de demandas induzidas.
“Estudos mostram que 70% dos nossos mestres e doutores estão atuando na área da Educação. Sessenta por cento integram a administração pública. Cerca de 10% desempenham atividades em empresas e menos de 5% estão na indústria de transformação”, informou Gomes. “Se continuarmos a formar mestres e doutores com o mesmo perfil, formaremos pessoal para atuar em nichos já estruturados. É muito claro hoje, dado o sucesso que temos nas demandas induzidas, que é preciso também ter a oferta de programas de pós-graduação por demanda induzida, aliada às áreas estratégicas de que o País precisa”.
Antonio Gomes defende um processo avaliativo que dê maior peso à autoavaliação e ao planejamento dos PPG, bem como aos destaques da produção de cada programa. “Ao invés de avaliar puramente o impacto de um artigo, de uma patente, precisamos avaliar o impacto das ações integradas do programa na sociedade. Em grande medida, deixar claro para a sociedade o importante papel que aquele PPG e aquela instituição têm na realidade em que estão inseridos”, afirmou o diretor, que ponderou que essa abordagem deve ser adotada na Avaliação Quadrienal 2025-2028.
Também participaram da mesa Luiz Curi, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Manoel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Antônio Freitas Júnior, pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação da FGV, Abílio Baeta Neves, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ex-presidente da CAPES, e Renato Pedrosa, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que se dedica ao estudo de políticas relacionadas à educação superior.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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