CAPES compõe comitê do Centro Binacional Franco-brasileiro para cooperação científica

Imagem: Denise Pires de Carvalho, presidente da CAPES (Érica Cidade - CGCOM/CAPES)

A CAPES participou, em Manaus, de evento sobre a cooperação científica entre Brasil e França, com iniciativas voltadas para a biodiversidade e a sustentabilidade na Amazônia. As agendas bilaterais aconteceram nos dias 19 e 20 de setembro, e marcaram a criação da Comissão Mista Estratégica Brasil-França e a retomada do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica.

A presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, lembrou que a cooperação científica com a França acontece desde o início do desenvolvimento da ciência brasileira, há muitas décadas. “A colaboração com a França é muito importante para a educação superior e a ciência no Brasil e para a CAPES, que concede a maior parte das bolsas no exterior”, ressaltou.

Denise também destacou que o Centro Franco-Brasileiro começou a ser pensado em 2008, e agora, com sua efetiva formalização será um espaço fundamental para o desenvolvimento de estudos relacionados à região Norte e ao bioma Amazônico.

Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica
A revitalização do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica, anunciada em março de 2024 pelos presidentes do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e da França Emmanuel Macron, entrou em operação no dia 20 de setembro, com a formalização oficial do Centro e a posse dos Diretores do Brasil e da França.

No dia 19, durante a sessão brasileira do conselho binacional do Centro Franco-Brasileiro, realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o grupo debateu a construção do documento que regulamenta o funcionamento da instituição. Organizado em rede, sem uma sede física, o Centro servirá de apoio à formação e ao reforço das competências científicas na Amazônia e à realização de projetos de pesquisa binacionais.

Do lado francês, 700 mil euros já foram alocados na construção de uma rede de excelência entre universidades, institutos de pesquisa e outras iniciativas de pesquisa dos dois países nos próximos dois anos. O Centro trabalhará com temas prioritários contemplando biodiversidade, bioeconomia, saúde, sustentabilidade e mudanças climáticas.  

Um conselho binacional e outro científico são os órgãos de direção do centro, composto por igual número de brasileiros e franceses. A gestão terá dois codiretores: um brasileiro, Henrique Pereira, diretor do Inpa, localizado em Manaus, e um francês, Gilles Kleitz, diretor Científico do Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento (IRD).

Comissão Mista Estratégica Brasil-França
A Comissão Mista Estratégica é a alta comissão para a cooperação científica Brasil-França. A colaboração prevê ações conjuntas para os próximos três anos em quatro grandes temas prioritários: biodiversidade, meio ambiente, estudos climáticos, observação da Terra; matemática, inteligência artificial, engenharia, computação de alto desempenho; saúde; e ciências sociais, patrimônio cultural, lei e regulamentação, desigualdade e inclusão.

Na França, os projetos serão liderados pelos Ministérios da Europa e das Relações Exteriores e do Ensino Superior e Pesquisa. Já no Brasil, o responsável será o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Mcti).

Em Manaus, o grupo reuniu-se no dia 20 de setembro, para a assinatura de quatro acordos entre os dois países, dos quais dois com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outro com o Inpa, instituições brasileiras vinculadas ao Mcti.

Com informações das Assessorias de Comunicação do Inpa e do Mcti.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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