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CAPES apoia pesquisa sobre obesidade infantil
Incentivados pela CAPES durante as suas trajetórias acadêmicas, dois pesquisadores brasileiros, Camila Schaan e Felipe Cureau, ambos doutores em Endocrinologia, desenvolveram um estudo que alerta para os riscos à saúde de crianças que ficam muitas horas em frente de telas como televisão, computador, celular ou videogame.
Intitulado " Unhealthy snack intake modifies the association between screen-based sedentary time and metabolic syndrome in Brazilian adolescents ” o estudo foi publicado no International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity . Nele constata-se que aqueles que passam seis ou mais horas como sedentários comendo petiscos, têm o dobro de chance de apresentarem sintomas da síndrome metabólica - obesidade abdominal, pressão alta, altas taxas de colesterol ou de açúcar no sangue.
Os dados foram coletados no ERICA (Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes) – um banco de dados que traça o perfil de 75 mil estudantes, entre 12 e 17 anos, em todo o País, para identificar a proporção de adolescentes com diabetes mellitus e obesidade. “A CAPES foi fundamental para realização do ERICA, uma vez que este contou com o apoio de bolsistas de instituições em todo o país ligadas aos programas da Coordenação”, conta Camila Schaan.
“A principal novidade do estudo foi mostrar que esses comportamentos aumentam o risco de síndrome metabólica em adolescentes, o que pode estar associado ao desenvolvimento precoce de doenças cardiovasculares e diabetes do tipo 2”, explica Cureau.
Os autores reconhecem a importância das telas para a educação, comunicação e lazer dos jovens. Elas, no entanto, colaboram para que estes estejam cada vez mais sedentários e tenham escolhas alimentares influenciadas pela mídia. Além disso, pesquisas apontam que o excesso de tempo em frente às telas e o consumo de alimentos não saudáveis está associado à obesidade na adolescência e menos atividade física nessa faixa etária. “Os resultados desse trabalho podem alertar pais, adolescentes e órgãos de saúde para a importância do uso consciente das telas”, conclui Schaan.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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