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POLÍTICA PÚBLICA
CAPES anuncia Censo da Pós-Graduação brasileira
A presidente da CAPES, Cláudia Queda de Toledo, apresentou nesta segunda-feira, 20, projeto do censo da pós-graduação brasileira ao Conselho Superior da Fundação. Trata-se de importante ferramenta para o pleno conhecimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação, que permitirá o aperfeiçoamento das políticas nacionais para o setor. O passo inicial foi a criação de um grupo de trabalho, cujos membros serão designados em breve, voltado à regulamentação do censo, já definida pela Portaria nº 191 , de 29 de novembro.
O censo fará um diagnóstico real e detalhado do público diretamente envolvido na pós-graduação. O objetivo é mapear a comunidade acadêmica e científica – em quantidade e diversidade – para conhecer as condições socioeconômicas, culturais e étnicas de professores e alunos, bem como sua atuação por área de conhecimento.
“A ideia é colocar os alunos e professores em uma situação de maior protagonismo, para que saibamos a realidade deste público, que é o mais importante no sistema”, afirma Cláudia Queda de Toledo, presidente da CAPES. “Queremos um real diagnóstico, informado diretamente por esse público: dados socioeconômicos, etnia, mulheres em situação de vulnerabilidade, pessoas com deficiência”, enumera.
A gestora da CAPES menciona dados que apontam para a sub-representação de diversos grupos no âmbito da academia. “A CAPES tem uma função social de exemplo de inclusão e reconhecimento das diversas identidades”, afirma Cláudia de Toledo. No entanto, a título de ilustração, a presidente conta que praticamente inexistem representantes afrodescendentes em todos os colegiados da Fundação, ou mesmo nas coordenações de área da Avaliação. “Temos um número assustador. Nenhum coordenador ou coordenadora de área no Brasil é integrante ou descende de etnias afro-brasileiras”. a Já a representação feminina na CAPES, segundo a presidente, não chega a 30%, embora já seja maior do que na Câmara dos Deputados, que possui 16%, e no Senado, 15%.
Com os resultados do censo, a presidente da CAPES espera cumprir com maior qualidade e rigor uma das missões da Fundação, que é subsidiar a elaboração e a execução das políticas públicas conduzidas pelo Ministério da Educação (MEC). “Informações para que o MEC consiga, por exemplo, enxergar os resultados do sistema de cotas sociais e raciais. É uma necessidade histórica”, explica Cláudia de Toledo. “Queremos ter, de fato, um arsenal de elementos de todo o sistema e poder assim aperfeiçoá-lo onde for necessário”, conclui.
Legenda das imagens:
Banner: Imagem ilustrativa (Foto: iStock.com)
Imagem 1: Ação inédita quer raio-x do SNPG (Foto: iStock.com)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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