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CIÊNCIA E SAÚDE
Câncer de próstata poderá ser detectado pelo sangue
Um processo sem intervenção cirúrgica pode ser o novo caminho para se detectar o câncer de próstata. Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) pretende fazer com que a biópsia líquida seja uma alternativa ao método tradicional de diagnóstico da doença. Com ela, os tumores são identificados por coleta de sangue e não de tecido.
Parte importante do trabalho é conduzida pela biotecnóloga Esther Campos Fernández, bolsista de doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no Programa de Genética e Bioquímica da UFU. Ela trabalha com um tipo de molécula que se liga às células do câncer de próstata para realizar o sistema de biópsia líquida.
“E o que fazemos nesse sistema? Nós coletamos amostra de sangue do paciente e, a partir dela, isolamos os leucócitos (células sanguíneas). Esses leucócitos são lavados e marcados com as moléculas que vão ligar as células do câncer de próstata com determinadas características. Após essas marcações, levamos ao citômetro de fluxo, mecanismo que nos indicará valores que permitem identificar se os pacientes foram acometidos pelo câncer de próstata”, explica Esther.
Esther, que é espanhola, está no Brasil desde 2014. Nesse mesmo ano o Grupo de Estudos e Pesquisas em Marcadores Moleculares (GEP-MMol) da UFU, que ela integra, começou suas pesquisas nessa linha. A cientista entrou para equipe em 2016 e tem como orientadora no doutorado Vivian Alonso Goulart, coordenadora da equipe.
“No momento, temos aumentado o número de pacientes para validar os marcadores moleculares que são analisados por citometria de fluxo, para que possamos colocar à disposição deles um diagnóstico mais rápido e precoce do câncer de próstata”, diz Vivian. Ela alerta, porém, que o procedimento não substitui o exame de toque, por exemplo. “A técnica vem para complementar outras”, afirma.
O projeto se desenvolve no Laboratório de Nanobiotecnologia de UFU, sob a coordenação do pesquisador Luiz Ricardo Goulart Filho, do Instituto de Biotecnologia da Universidade.
Legenda das imagens:
Imagem 1:
A biotecnóloga Esther Campos Fernández está no Brasil desde 2014, mesmo ano que o grupo que integra começou os estudos na linha da pesquisa
(Foto: Alexandre Lage - CCS/CAPES)
Imagem 2:
Vivian Alonso Goulart é coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Marcadores Moleculares da UFU, do qual Esther faz parte
(Foto: Alexandre Lage - CCS/CAPES)
A CAPES é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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