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SAÚDE PÚBLICA
Brasileiros passam mais tempo usando telas no lazer
Uma pesquisa realizada pelo programa de pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicada no American Journal of Health Promotion , em 17 de janeiro, mostra que brasileiro está ficando cada vez mais sedentário e sofre de doenças associadas à inatividade. O problema é causado pelo uso prolongado das telas de celular, computador e tablet , durante o período de lazer.
O estudo, financiado pela CAPES, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Saúde, foi realizado entre 2016 e 2021. Foram entrevistadas 265 mil pessoas com 18 anos ou mais, residentes em todas as capitais do país e no Distrito Federal. Os resultados apontaram para um aumento do tempo de uso de telas no lazer. Enquanto o período médio gasto assistindo TV manteve-se estável, o tempo de celular, computador ou tablet (CCT), passou de 1,7 para duas horas/dia. Outra descoberta foi o aumento da frequência de adultos gastando três ou mais horas por dia em CCT. Considerado tempo prolongado, este índice passou de 19,9%, em 2016, para 25,5%, em 2021.
Pollyanna Costa Cardoso, professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e autora principal do artigo científico resultante da pesquisa, alerta sobre as consequências associadas ao comportamento sedentário: enfermidades cardiovasculares e diabetes tipo 2. “Ainda que não exista uma recomendação ou diretriz global de quanto seria um tempo excessivo de comportamento sedentário, já há evidências científicas que apontam que o uso da tela no lazer, acima de três horas diárias, tem uma repercussão negativa sobre a saúde dos adultos, aumentando o risco de doenças crônicas e de mortes por todas as causas”, comenta.
A pesquisa constatou, ainda, que o aumento do tempo foi relevante em todos os grupos sociodemográficos e que o uso prolongado dessas telas foi mais intenso entre os adultos jovens (18 a 34 anos), mulheres e adultos com nove a 11 anos de estudo. A sequência do trabalho, orientado pelo professor Rafael Moreira Claro, prevê a análise do impacto da pandemia de COVID-19 nos indicadores de tempo de telas no lazer no País e previsões até 2025.
Legenda das imagens:
Imagem 1:
Doutoranda Pollyana Costa Cardoso
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2:
Rafael Moreira Claro - Orientador da pesquisadora
(Foto: Arquivo pessoal)
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(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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