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Brasileiros organizam congresso internacional de Direito na Espanha
Os bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Débora Sinflorio, Fábio Veiga e Francielle Vieira, foram responsáveis por coordenar, nos dias 21 e 22 de abril, o I Congresso de Direito Transnacional na Universidade de Salamanca (USAL). O encontro reuniu na instituição espanhola mais de 100 acadêmicos de países como Brasil, Portugal, Espanha, México e Chile.
Para a ex-bolsista da Capes e doutoranda em direito na instituição espanhola, Debora Sinflorio, o encontro possibilitou uma visão global e crítica das diversas facetas do Direito. “Em dois dias de congresso, mais de 120 pessoas, entre professores, estudantes, juízes, promotores e fiscais, reuniram-se nos espaços da Faculdade de Direito da Universidad de Salamanca e Fonseca dispostos ao diálogo, discussão e profusão do saber. Uma experiência única e deveras importante para todos os envolvidos”, afirma.
A principal finalidade do encontro foi reunir esforços no sentido de verificar como o Direito Transnacional pode reformular, facilitar e desafiar o atual cenário jurídico-político fragmentado, ressalta Débora. “O objetivo do encontro assim além de ter sido alcançado foi em si superado. Pois apesar do projeto não ter recebido nenhuma espécie de patrocínio financeiro reuniu qualidade e uma riqueza científica inigualável”.
O Congresso esteve sob a direção do catedrático de Direito Processual da USAL, Lorenzo Mateo Bujosa Vadell e permitiu aos participantes uma discussão sobre as diversas vertentes do direito, além de possibilitar a realização de convênios internacionais e interlocução investigativa na área.
“Em dois dias, aguçados juristas e politólogos brasileiros, portugueses, espanhóis bem como de outros queridos países se deram conta dos obtusos conhecimentos fronteiriços e das suas complexas derivações ao iluminar ignorâncias recalcitrantes, desmascarar infundadas ilusões e debater com liberdade acadêmica sobre os perigos que nos cercam justamente por darmos demasiada importância às fronteiras e por fazer pouco seu principal vitima: a dignidade humana. Neste sentido como diretor do evento posso afirmar que as barreiras foram transpassadas e objetivos alcançados”, declarou Lorenzo Vadell.
Participação brasileira
Fábio Veiga, um dos bolsistas da Capes responsáveis pelo encontro, destaca a participação brasileira no encontro. “O evento de Salamanca foi uma prova de estarmos à altura dos melhores pesquisadores no âmbito internacional, e em torno da ciência jurídica ibero-americana os bolsistas da Capes se destacaram e puderam dar sentido à sua real vocação. Neste ponto, o Brasil foi exponencialmente representado”, afirma.
O resultado positivo com a participação brasileira deve gerar parcerias em próximas edições do congresso, acredita a bolsista da Capes Francielle Vieira, que também atuou na coordenação do encontro. “Acredito que este evento foi sem dúvida muito enriquecedor para todos aqueles que estiveram presentes, tanto que, dado os resultados positivos alcançados, esperamos poder contribuir para outras edições futuras”.
Experiência no exterior
Francielle está na Espanha como bolsista do programa de
Doutorado Pleno no Exterior
da Capes. Ela afirma que a experiência como bolsista tem sido uma oportunidade de aprendizado acadêmico, profissional e pessoal. “O programa de doutorado pleno no exterior tem-me permitido construir uma rede de contatos importantíssimos para o desenvolvimento de projetos em conjunto com vários pesquisadores e professores de diversas universidades do mundo. Isto não só tem promovido o intercâmbio de conhecimento, bem como também tem alargado os nossos horizontes de como podemos incrementar o ensino e a pesquisa em nosso país”.
Segundo Francielle, o período fora do país permite articulações distintas do Brasil. “Estou muito satisfeita pelo privilégio de ser bolsista da Capes, pois sempre tive um enorme desejo de estudar em uma universidade no exterior que pudesse dar-me o suporte necessário para aprofundar as linhas da minha pesquisa em curso - algo que dificilmente conseguiria fazer se estivesse no Brasil”, enfatiza.
A participação nessa rede internacional de pesquisa envolve comprometimento e responsabilidade, conta Fábio Veiga. “Ser bolsista da Capes por si só é um privilégio no âmbito nacional. Quando o bolsista se insere em eventos de grande magnitude no exterior, especialmente na sua área de atuação, ser bolsista da Capes significa estar à altura dos melhores pesquisadores no âmbito internacional, o que de relevo, evidencia a capacidade, a importância e a responsabilidade que levamos conosco”, conclui.
Saiba mais sobre o Programa de Doutorado Pleno no Exterior .
Consulte nesta página matérias sobre a atuação de outros bolsistas da Capes.
( Pedro Arcanjo )