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Brasil e França comemoram parceria científica
"O Brasil demonstrou avanço formidável em um curto período, de modo que caminha lado a lado com o programa de doutorado francês, que tem mais bagagem", disse ontem, 24, o presidente do Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil (Cofecub), Pierre Jaisson, na abertura do Seminário 30° Aniversário do Convênio do Convênio Capes/Cofecub, em Salvador (BA).
Para Jaisson, "o que o Cofecub tem de especial é sua abertura a todas as áreas do conhecimento. Diferente de muitos programas, ele não estabelece prioridades temáticas. Se o projeto for bom, certamente será aprovado".
Já o rápido avanço da ciência nacional foi observado pelo presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis. "Considerando que nossa trajetória científica teve início no período da Segunda Guerra Mundial, seria surpreendente conseguirmos acompanhar um país com tamanha tradição, não fossem as instituições sólidas que gerenciam a formação de nossos doutores", disse.
Na ocasião o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, ressaltou a importância e a prioridade da cooperação internacional, notadamente com a França. "A parceria com os franceses está nas raízes de nossas cooperações com outros países. Resultado disso é que cerca de 4% de toda produção científica nacional advém de projetos conjuntos com o país". Para Guimarães, o Colégio Doutoral Franco-Brasileiro é um dos programas mais bem-sucedidos de cooperação entre Brasil e França, por meio de parceria entre a Capes e o Conselho de Presidentes de Universidades Francesas (CPU), e será modelo para acordos com a Argentina e a Alemanha.
Com a participação de mais de 250 pesquisadores do Brasil e da França, em Salvador, o evento é uma realização da Capes, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e o Cofecub e segue até amanhã, 26, com depoimentos de grupos de pesquisas e ateliês temáticos sobre biodiversidade, desenvolvimento sustentável, engenharias e ciências sociais. A programação se encerra com uma mesa-redonda sobre as perspectivas da cooperação Brasil-França.