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Bolsistas entram para a lista de honra de universidades americanas
Os ex-bolsistas de graduação sanduíche do programa Ciência sem Fronteiras Manoel Felipe Sousa, Henrique Araújo Monteiro e Diogo Perin da Silva alcançaram posição de destaque em suas universidades no exterior ao entrarem para a Dean's List, lista de honra que contempla os melhores alunos das instituições americanas.
Para Manoel, fazer parte da lista é o resultado do esforço empreendido. "É uma grande satisfação estar nesta lista. É um reconhecimento de que meus esforços valeram a pena. As dificuldades de aprender um novo idioma, de compreender os professores, de estar longe da família e as noites de estudos foram compensadas", afirmou. Licenciando em Física, Manoel recebeu do reitor do Instituto Federal do Ceará (IFCE) o certificado emitido pela Western Illinois University, nos Estados Unidos, onde permaneceu 1 ano e 4 meses.
Também agraciado com o título, o ex-bolsista e hoje designer de uma rede de comunicação do Sul do país, Diogo Silva, afirma que o reconhecimento lhe rendeu bons frutos. "Assim que retornei ao Brasil, consegui um estágio na minha área e, após me formar, fui efetivado. Percebi na entrevista que minha experiência no exterior foi extremamente relevante na decisão deles", disse.
Amadurecimento
Bolsista da primeira chamada do programa, Henrique explica que mais que o crescimento profissional, o período de experiência na Rochester Institute of Technology (RIT) proporcionou um inevitável amadurecimento. "Nós éramos somente cinco brasileiros na RIT, nenhum deles do meu curso. Consegui romper a barreira do idioma, comunicação e das disciplinas também. Hoje me sinto mais autossuficiente", afirmou.
Manoel também conta como o programa mudou sua vida. "Foi uma grande experiência, pois além de me aperfeiçoar em um novo idioma, eu pude conhecer o estilo de ensino das universidades e de vida dos universitários americanos. Visitei laboratórios de Física e Astronomia e participei de eventos. Adorei ter conhecidos novos costumes e culturas. Não só a cultura americana, mas também culturas de outros países por meio de pessoas que eu tive contato. Fiz amizades que vou levar para vida inteira", completa.
Sugestões
Diogo conta que, após seu retorno, participou como palestrante em eventos de sensibilização e divulgação do programa, no entanto, esperava maior interesse por parte da coordenação de seu curso em relação às suas experiências. "Acho que faltou um contato maior entre nós ex-bolsistas e a coordenação de nossos cursos. Seria interessante darmos um feedback sobre as aulas que tínhamos, a infraestrutura e outras impressões", sugeriu.
Apesar de concordar com o colega, Henrique ressalta que as limitações legais ainda são o principal entrave à mudança na dinâmica das instituições brasileiras. "As questões legislativas acabam dificultando algumas mudanças. Nossa produção, por exemplo, era muito mais dinâmica lá devido à estrutura trimestral de trabalho que tínhamos. No entanto, sabemos que para esse tipo de mudança é preciso bem mais que a vontade de professores ou coordenadores", completou.
Gisele Novais