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Bolsista recebe premiações na Austrália por dedicação acadêmica
O estudante de Engenharia Florestal Luiz Fernando Pereira Bispo é um exemplo de dedicação acadêmica e sua experiência no exterior com o Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) consagrou os anos de muito trabalho. Durante a temporada que passou na University of New South Wales, Austrália, Luiz foi agraciado com três premiações que atestam o grau de comprometimento dos estudantes do CsF.
Entre eles, o estudante recebeu o Prêmio "Voluntário do Ano 2014", a partir de sua atuação como membro do Volunteer Army, grupo que coloca indivíduos em contato com a comunidade e oferece oportunidades nos setores ambiental, artístico, saúde, desenvolvimento social.
Concedido pela ARC UNSW Student Life, o prêmio é destinado ao voluntário destaque do ano. "Fui homenageado com um recorde de mais de 350 horas de atividades voluntárias em diversos setores. De acordo com os coordenadores, é a primeira vez na história do programa que alguém consegue tal façanha em um ano", declarou Bispo.
No período de um ano, o graduando trabalhou como voluntário nas organizações United Nations Association Australia (UNAA), Sydney Children Hospital, Redkite, Heart Foundation, Conservation Volunteers of Australia, Biennale of Sydney, entre outras. Também a convite da United Nations Association Australia (ONU Austrália), Bispo participou, no mês de outubro, de um debate de planos para 2015, que envolveu assuntos relacionados a pobreza, doenças, terrorismo, discriminação e mudanças climáticas.
Além do prêmio de Voluntário do Ano, Luiz também recebeu o prêmio de Outstanding Volunteer of Exhibition, na Bienal de Sydney e 2014 Hidden Eco-Hero, da organização Eco Generation. No Brasil, Luiz Fernando é estudante da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", campus de Piracicaba da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Dedicação
Superação e trabalho duro não são novidades na vida de Luiz. "Meus pais adotivos sofreram muita dificuldade devido ao preconceito da sociedade para com eles. Eles são negros e eu branco. Tiveram momentos em que policiais já chegaram a bater em meus pais pensando que eu fosse menino roubado. No entanto, juntos superamos tudo. Cresci em uma 'casa de família', onde minha mãe trabalhava como cozinheira e meu pai era pedreiro", conta.
O bolsista relembra que o começo da carreira acadêmica surgiu com a decepção com o futebol. "Estudei em escola pública [Escola Estadual Fernão Dias Paes]. Tinha o sonho de ser jogador de futebol e, na minha infância, eu me dedicava muito a isso. Falhei na missão futebolística e tinha que pensar em um plano B. Prestei vestibular assim que terminei o ensino médio, mas falhei. Concorri a uma bolsa de estudos no cursinho e consegui um bom desconto nas mensalidades. Ao término do cursinho, prestei vestibular na Fuvest e entrei na USP/Esalq. Foi a maior surpresa para minha família", enfatiza.
Reopção de Portugal
A trajetória de Luiz no Ciência sem Fronteiras se iniciou com a chamada de graduação-sanduíche para Portugal, cancelada para engajar os estudantes brasileiros no aprendizado de uma segunda língua. Foi o caso de Luiz, que aprendeu inglês no intercâmbio. "Escolhi a Austrália devido ao fato de ser um país de língua inglesa, uma língua que queria muito aprender, e também por ter um clima semelhante ao do Brasil", explica.
Sobre a experiência no exterior, o aluno destaca os ganhos positivos nas diferentes frentes que o Ciência sem Fronteiras permite. "Tive uma experiência incrível tanto em termos acadêmicos como de vivência social, cultural e pessoal. O CsF foi o meio que possibilitou a ampliação de meus horizontes. Aprendi uma nova língua, a estudar em um sistema diferente, a conviver com diversas culturas, a ser mais independente e a compreender melhor as relações entre pessoas, organizações e nações ao redor do mundo", concluiu.
CsF
Lançado em dezembro de 2011, o
Ciência sem Fronteiras
já concedeu mais de 87 mil bolsas. O programa busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq.
Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. Dados do programa podem ser consultados no Painel de Controle do CsF .
( Pedro Arcanjo – com informações do Portal EcoD )