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Bolsista do Ciência sem Fronteira é premiada no Reino Unido por pesquisa em odontologia
A bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras, Carla Cecilia Alandia Román, foi premiada no dia 9 de julho com o segundo lugar no "Research Showcase" da Faculdade de Odontologia da Universidade de Birmingham, Reino Unido, onde realiza doutorado-sanduíche. Carla é aluna de doutorado em Odontologia (reabilitação Oral) na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Em seu doutorado-sanduíche na Inglaterra, a bolsista está trabalhando no desenvolvimento de um novo cimento reparador para uso endodôntico. "Atualmente estamos na fase de caracterização do material, aprimorando as propriedades físicas, mecânicas e biológicas. O nosso objetivo é obter um material que satisfaça todos os requisitos e necessidades dos profissionais em odontologia que possibilitem maior eficiência e acesso a tratamentos de maior complexidade a um menor custo para a sociedade", explica.
O contato com laboratórios e técnicas de ponta é um diferencial da experiência internacional, aponta a bolsista. Diferencial que pretende aplicar no Brasil após voltar do doutorado-sanduíche. "Aqui tenho acesso a equipamentos de alta tecnologia e todas as técnicas e metodologias altamente diferenciadas, contribuindo para aumentar meus conhecimentos e experiências em processos científicos de alta tecnologia. Todos esses conhecimentos e experiência serão levados comigo quando eu voltar ao meu programa original, onde espero continuar minhas pesquisas podendo contribuir com outros pesquisadores a partir dessa vivência", afirma.
Além disso, Carla destaca os ganhos de vivência cultural que um intercâmbio como o Ciência sem Fronteiras permite. "Essa oportunidade tem contribuído fortemente para que eu possa aperfeiçoar uma nova língua, conviver com pessoas de diferentes culturas e poder aprender com elas, conhecer novos lugares, além de transformar tudo isso em amadurecimento", enfatiza.
Para a estudante apoiar a internacionalização da pós-graduação brasileira é apoiar o desenvolvimento do país. "Sem o apoio da Capes e do Programa Ciência sem Fronteiras a realização deste projeto de pesquisa e minha estadia no Reino Unido não seriam possíveis. O investimento na formação de profissionais no exterior é necessário para o avanço do conhecimento, da ciência e da sociedade. Sinto-me honrada de poder participar deste programa, e representar o Brasil aqui", conclui.
Ciência sem Fronteiras
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Ciência sem Fronteiras
é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento - CNPq e Capes.
O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.
Até o mês de junho deste ano, foram implementadas 29.192 bolsas. Outros dados do programa podem ser consultados no Painel de Controle do CsF .
( Pedro Matos )