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Bolsista coordena grupos internacionais após pesquisa no exterior
Desde o retorno do estágio pós-doutoral em Administração Pública na Universidade do Minho em Portugal, realizado no ano de 2015 com fomento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o professor Magnus Luiz Emmendoerfer tem se envolvido na coordenação de projetos de pesquisa e grupos de trabalho em eventos científicos de diversas redes de pesquisa no Brasil e na Europa.
Com um trabalho relacionado com a gestão e desenvolvimento de territórios criativos, o professor, que também atua como pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), participou recentemente da Tourism & Management Studies International Conference , organizado pela Universidade do Algarve, Portugal e da IV International Conference: Culture, Tourism and Development, em Budapeste – Hungria , organizado pela Budapest Metropolitan University e pela Université Sorbonne, Paris I, França.
A relevância da presença em grupos de trabalho em eventos nacionais e internacionais está na possibilidade de ampliar e internacionalizar os objetos e práticas de estudo, acredita o pesquisador. “A importância desses grupos de trabalho, onde os pesquisadores envolvidos trocam informações periodicamente pelas redes sociais virtuais/e-mail e se encontram pessoalmente em eventos científicos, reside em realizar paulatinamente discussões e compartilhar resultados de pesquisas individuais ou coletivas, geradas em redes de pesquisadores, para se avançar no conhecimento científico e tecnológico relacionados à administração pública, políticas públicas e empreendedorismo em setores produtivos como turismo e economia criativa. Além disso, trabalhar em rede com pesquisadores do Brasil e do exterior permite prospectar agendas de pesquisa de interesse comum nos países/regiões envolvidas, ampliando as condições para ter acesso e ser mais competitivo em editais de fomento a pesquisa.”
Ainda durante o primeiro semestre deste ano, o professor foi contemplado com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (FAPEMIG) para a execução do projeto “Políticas Públicas e Desenvolvimento Turístico: análise dos destinos nacionais em Minas Gerais (2007-2016)”, cuja configuração seguiu o formato de pesquisa em rede, congregando pesquisadores da Universidade do Minho (Portugal), Universidades Federais de Juiz de Fora (UFJF), Viçosa (UFV) São João Del Rei (UFSJ) e de Ouro Preto (UFOP). Magnus Emmendoerfer é o atual coordenador deste projeto de pesquisa e dos cursos de mestrado e doutorado com concentração em Administração Pública no Programa de Pós-Graduação em Administração da (UFV).
Para o pesquisador, os resultados alcançados neste primeiro semestre de 2016 são resultantes de compromissos estabelecidos durante o seu estágio pós-doutoral financiado pela Capes em 2015 com pesquisadores das Universidades e redes de pesquisa que teve contato na experiência fora do país. “Há também um importante ganho institucional porque os relacionamentos iniciados durante meu estágio pós-doutoral serão mantidos e contribuirão para ações de intercâmbios, internacionalização e nucleação para estudantes e professores da UFV”, ressalta.
Pesquisa em Portugal
O tema do estágio pós-doutoral de Magnus foi “Centros Históricos como Territórios Criativos em Cidades Luso-Brasileiras: Critérios para Denominação, Análise e Inovação como subsídios para Politicas Públicas”, no Departamento de Administração Pública e Relações Internacionais na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, Braga, Portugal. “Este tema está diretamente relacionado aos trabalhos desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Gestão e Desenvolvimento de Territórios Criativos (GDTeC)/CNPq, liderado por mim em parceria com o professor Josiel Lopes Valadares, também da UFV”, explica.
O professor destaca os ganhos obtidos com o estágio fora do país. “A experiência no exterior foi muito rica culturalmente, mesmo estando em um país de língua portuguesa, na Universidade falávamos tanto em português quanto em inglês por existir muitos alunos estrangeiros que não falam a língua portuguesa”, recorda.
Realizar o estágio pós-doutoral na Europa permitiu conhecer boas práticas de pesquisa e de publicação científica, afirma Magnus. “Especificamente em Portugal, por ser um país com dimensões menores do que a do Brasil com facilidade de mobilidade urbana, permitiu-me visitar e estabelecer contatos com vários pesquisadores da área de administração pública, políticas públicas, empreendedorismo e turismo. Além disso, permitiu-me prospectar projetos de cooperação internacional com problemas públicos em comum que demandam respostas para pessoas que falam somente a língua portuguesa, com possibilidades de ampliação para a América Latina, onde há também grandes oportunidades e interesses públicos na área de gestão e políticas públicas”, ressalta.
Programa de Pós-Doutorado no Exterior
O Programa de Pós-Doutorado no Exterior destina-se à realização de estudos avançados que sejam posteriores à obtenção do título de doutor. O programa concede bolsas de estudos para pesquisadores que possuem o título de doutor há menos de oito anos. O objetivo é atuar como forma opcional para a carreira de docentes e pesquisadores, para complementar a formação com desenvolvimento de projetos conjuntos e em parceria com instituições de excelência no exterior.
O resultado da edição 2016 do Programa de Pós-Doutorado no Exterior está previsto para dezembro desse ano. Conheça o programa .
Consulte aqui outras matérias sobre a atuação de outros bolsistas da Capes.
( Pedro Arcanjo )