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Setor industrial quer engenheiros com formação binacional
{mosimage}Os representantes de empresas revelaram a importância das ações que o Brasil e a França vêm
realizando para a formação de engenheiros nos dois países. Para Patrick Martigny, diretor de
recursos humanos de uma empresa francesa de pneus no Brasil, a experiência de estudos no exterior
abre a mente dos alunos. "Precisamos de pessoas atualizadas, com visão, com capacidade de
mobilidade geógráfica, adaptáveis", afirma. De acordo com Martigny, as ações franco-brasileiras
podem contar com a ajuda da empresa para receber estes estudantes que participam dos programas de
cooperação educacional e científica. "Temos muitas vagas para estágios e podemos ajudar nesse
processo", garantiu.
Marc Barral, diretor-adjunto para as Américas de uma indústria francesa de carros, disse que
o estágio é necessário porque leva o estudante a conhecer o mundo empresarial. "Não podemos tomar
decisões somente do ponto de vista científico, mas também outros aspectos influenciam". Ele lembrou
que a questão do idioma é fundamental. Além do português, francês, os estudantes que fazem os
intercâmbio devem aprender o inglês, pois em um processo de seleção isso é fundamental.
O debate faz parte do Fórum Franco Brasileiro: Empresas e Formação de Engenheiros que
acontece na sede da Ciesp, em São Paulo. Cerca de 140 pesquisadores, professores, estudantes e
empresários discutem diversos aspectos da formação educacional franco-brasileiro. O evento
promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da
Educação (Capes/MEC) e a Conferência de Diretores das Escolas Francesas de Engenheiros busca a
intensificar a relação dos cursos de engenharias com o setor industrial."Nós queremos que as
empresas brasileiras recebam os alunos de engenharias, para que tenham um visão mais global",
afirma Jacques Gelas, diretor da Conferência. Os dois órgãos governamentais financiam o intercâmbio
de estudantes de engenharias dos dois países por meio do programa Brafitec. Cerca de 700 estudantes
já foram beneficiados. Além disso, os projetos financiados têm apresentado melhorias e mudanças nas
grades curriculares do dois países.O encontro termina nesta sexta-feira, 20.(Adriane Cunha)