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Prêmio Anísio Teixeira homenageia educadores
Brasília, 08/11/2006 - Seis personalidades que dedicaram a carreira à disseminação de conhecimento e à formação de doutores serão homenageadas com a entrega do Prêmio Anísio Teixeira, criado em 1981. A solenidade, será realizada no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, dia 8, a partir das 11h, como parte das comemorações dos 55 anos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).
Criado em 1981, o Prêmio Anísio Teixeira é oferecido a cada cinco anos. O título é uma homenagem ao educador baiano, que dirigiu a Capes de 1951 a 1963. Este ano, será entregue pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo presidente da Capes, Jorge Guimarães. Os homenageados são Leopoldo de Meis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Ana Lúcia Almeida Gazzola, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Abilio Afonso Baeta Neves, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Sandoval Carneiro Júnior (UFRJ); Newton Sucupira, professor aposentado pela UFRJ, e Milton Santos, post mortem. O trabalho dos professores é considerado de grande importância na promoção da formação de pessoal qualificado.
Leopoldo de Meis coordena dois projetos inovadores. No projeto Ensinando Ciência com Arte, ele criou uma série de DVDs para tornar o ensino de bioquímica mais atraente. O material é distribuído gratuitamente nas escolas públicas da periferia do Rio de Janeiro.
A mineira Ana Lúcia Almeida Gazzola sempre enfatizou uma distribuição estratégica na base científica e acadêmica no território brasileiro. Ela defende ações como educação a distância e interiorização dos campi universitários.
Abilio Afonso Baeta Neves, ex-presidente da Capes, trabalhou para a melhoria dos métodos de avaliação dos cursos de pós-graduação e para o incremento da cooperação internacional.
Sandoval Carneiro Júnior recebeu diversos títulos, prêmios e condecorações, como a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Newton Lins Buarque Sucupira, indicado por Anísio Teixeira, integrou, em 1961, o primeiro grupo de intelectuais para compor o então Conselho Federal de Educação, hoje Conselho Nacional de Educação (CNE). Ele liderou o processo de regulamentação da pós-graduação brasileira, que ficou conhecido como Parecer Sucupira.
O geógrafo Milton Santos, que receberá homenagem póstuma, foi um dos pesquisadores brasileiros de maior reconhecimento fora do país. Em 1994, recebeu o prêmio Vautrin Lud, considerado o Nobel da geografia. (Assessoria de Imprensa da Capes)