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Para melhorar a escola pública é preciso conectar todas as fases da educação
Os secretários de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, e de Educação Superior, Ronaldo Mota, e
o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge
Guimarães, participaram ontem, 2, em Belém, da 63ª reunião ordinária da Associação Nacional dos
Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), na Universidade Federal do Pará.
Para Pilar, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) busca acabar com a separação entre a
educação básica e o ensino superior. Na visão da secretária, a discussão que se fez até hoje no
Brasil sobre educação é rasa e equivocada. ?Costuma-se dizer que não se aprende nada na escola
pública e que universidade é para poucos. Isso não é verdade?, afirma.
Segundo Pilar, o desafio é recuperar a escola pública para todas as classes sociais. ?Trazer
a classe média de volta à escola pública é torná-la mais republicana.? A secretária apresentou as
metas do Compromisso Todos pela Educação e explicou que há muitos pontos de encontro entre a
educação básica e a universidade. Entre os exemplos, Pilar enumera a discussão curricular, a
formação de professores e a extensão da jornada escolar.
O secretário Ronaldo Mota acredita que é importante descobrir as conexões que vão desde a
educação infantil à pós-graduação e fazer com que sejam positivas para o desenvolvimento da
educação. ?Só se consegue entender o sistema educacional brasileiro na sua complexidade?, diz. De
acordo com Mota, há alguns elementos fundamentais, encontrados em todos os níveis da educação, que
precisam ser trabalhados em conjunto. São eles: a expansão, o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (Sinaes), a promoção de inclusão social e a visão de territorialidade. ?A
expansão tem que ser feita com qualidade e o instrumento que permite isso é o Sinaes?, elucida.
O presidente da Capes, Jorge Guimarães, falou sobre as relações entre as universidades e a
pós-graduação. ?Pode não parecer, mas o maior nicho das universidades é a pós?, afirma. ?A
pós-graduação forte gera qualidade e novas oportunidades para a graduação.? Ele diz ainda que o
Brasil está na 15ª posição na produção científica mundial e que, por isso, o crescimento da pós é
importante. ?Hoje existem 148 mil estudantes na pós-graduação. Todos são matéria-prima de primeira?,
elogia Guimarães, que finaliza sua participação no encontro ao explicar o papel da nova Capes. A
Câmara Federal aprovou na quarta-feira, 20 de junho, o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei nº
7.569/06, do Executivo, que possibilita a formulação de políticas públicas para a qualificação de
professores de ensino básico e fundamental pela Capes.(Letícia Tancredi, da Assessoria de
Comunicação do MEC)