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Cooperação científica entre Brasil e Cuba será intensificada
A cooperação científica entre Brasil e Cuba terá mudanças em seu formato. A idéia é que essa cooperação, que mobiliza pesquisadores e estudantes de doutorado e pós-doutorado, deixe de ser totalmente individualizada, como é hoje, e passe a atender projetos temáticos de interesse para os dois países.
A decisão é resultado do seminário Produção e Saúde Animal realizado em Havana, no período de 27 a 29 de junho, com o objetivo de integrar os dois países na área de pós-graduação, além de ampliar a pesquisa e a formação de recursos humanos.
De acordo com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), Jorge Guimarães, Cuba tem grande necessidade de enviar pessoal para ser treinado em nosso país e o Brasil tem interesse em ter um posto avançado em posição estratégica em relação à questão de doenças emergentes que assustam o mundo, como é o caso da gripe aviária. "O Brasil tem estado fora desse risco, mas não podemos descuidar. Se essa doença chegar ao Brasil, teremos prejuízos enormes." Além disso, o fato de Cuba ser livre da febre aftosa, faz com que ela "seja extremamente importante para os avanços na produção de vacina e outros produtos, avalia".
Guimarães adianta que o Brasil é reconhecido mundialmente como um dos principais países em produção e reprodução animal. "Somos grandes produtores e exportadores de carne bovina, aves, ovos, e outros alimentos ricos em proteína de origem animal. Estes são fatores importantes para a expectativa de Cuba interagir conosco". Por outro lado, salienta, Cuba tem um bom desempenho na área de sanidade animal, como o relativo a vacinas, com um bom mecanismo de monitoramento. (Fátima Schenini)