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Criação de mestrado e doutorado será tema de novas oficinas
A grande demanda de interessados em participar do workshop sobre criação de cursos de mestrado e doutorado que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) promoveu, na sexta-feira, 2, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), levou à realização de outra edição. Um novo workshop já foi agendado para 17 de fevereiro de 2006.
Segundo informações do pró-reitor de pós-graduação da UFMG, Jaime Ramires, a procura foi tão grande que houve necessidade de ampliar o número de vagas: "recebemos mais de 120 pedidos de inscrições e, das 20 vagas previstas inicialmente passamos para 40".
De acordo com o diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, o evento realizado na UFMG foi voltado especificamente às instituições públicas de ensino superior, enquanto as instituições privadas serão atendidas em uma nova oportunidade, marcada para o começo do ano que vem, na Universidade Católica de Brasília (UCB). "A Capes quer que as instituições privadas ampliem sua fatia na pós-graduação, que ainda é pequena", diz o diretor.
"Isso faz parte de uma decisão estratégica da Capes e do MEC, que é de estimular tudo o que é solidariedade na educação, fazendo que as instituições mais avançadas apóiem as que se destacaram menos", acrescenta Janine. "Na mesma linha, vamos incentivar a solidariedade dos programas de mestrado e doutorado de conceito 6 e 7 em relação àqueles que têm notas inferiores e se situam nas regiões geográficas que enfrentam maiores dificuldades em seu desenvolvimento".
O diretor também explica que a realização de oficinas, em separado, atende a reivindicações anteriores das próprias instituições, e é uma forma de atender melhor as diferenças específicas existentes entre as instituições públicas e privadas. "Na instituição pública, deve-se passar por várias instâncias internas, mas há a convicção de que convém gastar dinheiro com pesquisa e pós-graduação (que são, geralmente, deficitárias para o cofre da instituição). Já na privada, geralmente há menos instâncias a percorrer, mas há que convencer a mantenedora, sobretudo se tiver fins lucrativos, da importância de ter um gasto a fundo perdido".
A escolha das duas instituições deve-se à qualidade que têm demonstrado no âmbito da pós-graduação. Assim, a UFMG apresentou mais de 30 projetos de cursos novos de 2001 a 2005 e aprovou todos, com uma só exceção, que no entanto foi reapresentada mais tarde e aprovada. A UCB é menor, mas tem conseguido aprovar cursos com nota superior a 3. Ambos os pró-reitores, Jaime Ramirez (UFMG) e Ivan Rocha (UCB), responderam com entusiasmo à proposta da Capes de organizarem as oficinas. (Fátima Schenini)