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Mestrado profissional pode ajudar Região Amazônica
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Durante a reunião da diretoria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) com pesquisadores e representantes das instituições integrantes do Protocolo de Integração das Universidades Amazônicas, nesta sexta-feira, 13, o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, e o diretor de Avaliação, Renato Janine Ribeiro, apontaram o mestrado profissional como um dos caminhos para o desenvolvimento da pós-graduação na região Amazônica.
De acordo com dados de 2004 da Capes, a Amazônia possui a menor concentração de cursos de mestrado e doutorado em comparação às demais regiões brasileiras. São apenas 58 cursos de mestrado e 18 de doutorado, dos quais 33 mestrados e 10 doutorados pertencem à Universidade Federal do Pará (UFPA). A título de comparação, a região Centro-Oeste, que vem logo à frente, possui 114 mestrados e 42 doutorados. Do total de cursos de mestrado na Amazônia, apenas três são profissionais - um na UFPA e dois no Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas.
Renato Janine explica a diferença entre o mestrado acadêmico e o mestrado profissional: "o primeiro busca formar um pesquisador, com profunda imersão na pesquisa. No mestrado profissional também deve ocorrer a imersão na pesquisa, mas o objetivo é formar alguém que, no mundo profissional externo à academia, saiba localizar, reconhecer, identificar e sobretudo utilizar a pesquisa de modo a agregar valor a suas atividades, sejam estas de interesse mais pessoal ou mais social". O diretor de Avaliação disse que o mestrado profissional deve ter a mesma qualidade exigida ao mestrado acadêmico e que é mais fácil implantá-lo nas áreas em que o Pará é economicamente forte, em parceria com as empresas interessadas em qualificar seu pessoal.
As instituições presentes à reunião - UFPA, Universidade Estadual do Pará (UEPA), Universidade Federal Rural do Amazonas (UFRA), Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará (CEFET/PA), Universidade da Amazônia (Unama) e Universitário do Pará (Cesupa) - relataram um pouco de suas histórias e o esforço no sentido de qualificar seus quadros docentes, culminando com a idéia de criação do protocolo, uma parceria entre elas para desenvolvimento da pós-graduação. Quatro das instituições do protocolo são públicas e duas, particulares.
O diretor de Programas da Capes, José Fernandes Lima disse que a coordenação vem ampliando o número de bolsa de pós-graduação para cursos novos desde o ano passado e que será inserido um "fator regional" na distribuição de bolsas de tal forma a corrigir as distorções existentes, garantindo mais para quem tem menos. "A participação do Protocolo de Integração das Universidades Amazônicas é fundamental para que os resultados sejam alcançados", ressaltou. (Walter Pinto - Assessoria de Imprensa UFPA)