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Capes quer ampliar a oferta de Mestrado Profissional
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes, do Ministério da Educação, pretende expandir a oferta de mestrado profissional, que hoje atinge a aproximadamente 7% do total de 1.819 programas de pós-graduação existentes no Brasil. E dessa forma, além de municiar melhor os setores sociais da administração pública e das organizações não governamentais, contribuir para aumentar o crescimento econômico do país.
O mestrado profissional, com os diferentes formatos existentes e os modelos mais bem sucedidos, foi o tema discutido no seminário interno Para além da Academia - A pós-graduação contribuindo para a sociedade, que a Capes promoveu, na Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, de 29 de março a 1º de abril, com os novos representantes de área.
De acordo com o diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, o primeiro enfoque na expansão desse modelo de pós-graduação é o oferecimento de mestrados profissionais que qualifiquem um maior número de pessoas, especialmente para a gestão de administração, nas áreas de educação, saúde, cultura, esporte, e segurança pública, com foco voltado aos direitos humanos. Como exemplo, destaca o mestrado de gestão da saúde, da Unifesp, e o mestrado de saúde coletiva, da Universidade Federal da Bahia.
O segundo enfoque é o de aumentar o crescimento econômico do país por meio de uma melhoria na qualificação de pessoal para a realização, sobretudo, de trabalhos de ponta. Como exemplo, Janine Ribeiro cita o mestrado oferecido pelo ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica, em convênio com a Embraer, para a formação de engenheiros aeronáuticos. "Esse mestrado está tendo um papel importante na renovação da engenharia aeronáutica do Brasil", diz.
Segundo o diretor de Avaliação, o objetivo principal do seminário foi deixar claro que o mestrado profissional não é um instrumento apenas de melhoria da produtividade das empresas, embora isso seja muito importante. "Ele também é um instrumento destacado para promover o avanço do resgate da dívida social, na medida em que qualifica melhor quem vai gerir os setores sociais da administração pública e pode ter efeito, até mesmo, na formação de pessoal para organizações não governamentais e, inclusive, movimentos sociais." (Fátima Schenini)