Notícias
Audiência pública debate recursos humanos para região amazônica
{mosimage}
O fortalecimento do ensino e da pesquisa na região amazônica reuniu deputados federais, reitores e representantes do Ministério da Educação na Câmara dos Deputados hoje, 20, em Brasília. O diretor de Programas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), José Fernandes de Lima, e o secretário de Educação Superior do MEC, Nelson Maculan, participaram da audiência pública coordenada pela presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados, Maria Helena Rodrigues.
Atualmente, são mil doutores na Amazônia, mas uma parte destes profissionais não atua em laboratórios de pesquisa. Durante o debate, um consenso entre os participantes foi de que a região precisa criar instrumentos para atrair profissionais qualificados na área de pesquisa. "Fixar doutores na Amazônia é um dos desafios e está entre as políticas prioritárias da Capes", disse o diretor de Programas da Capes. Lima acredita que é necessário que as (IES) montem estratégias para alcançar esse objetivo. Para isso, a Capes vem desenvolvendo ações e políticas de estímulo de criação de cursos novos de mestrado e doutorado na região. Desde 2004, a agência recebeu para análise 55 propostas de cursos novos por IES da Amazônia. Destas, 18 foram aprovadas para o nível de mestrado, e cinco para o nível de doutorado, o que representa um crescimento de 25% para os programas de mestrado e 33% para os programas de doutorado. Lima explica que o número positivo é resultado de um trabalho de consultoria realizado pela Capes e oferecido as pró-reitorias de pós-graduação. "Os coordenadores foram orientados a apresentarem propostas mais fundamentadas, com grupos de pesquisas atuantes, com produção técnico-científica relevante em suas áreas. E houve uma resposta muito positiva por parte das instituições", afirmou.
Outra ação adotada pela agência é o estímulo à solidariedade entre os programas de pós-graduação de excelência e os programas emergentes, incentivando o intercâmbio entre regiões mais e menos desenvolvidas. O programa Acelera Amazônia é outra política adotada e prevê um fundo para apoio à mobilidade de pessoal, além da participação das fundações estaduais de amparo à pequisa da região Norte.
O secretário de Educação Superior, Nelson Maculan, destacou a realização de concursos para a contratação de professores de ensino superior. Segundo ele, serão feitos quatro mil concursos em todo o país e haverá a contratação de 1800 professores para novos campus.
Para o reitor da Universidade Federal de Rondônia, Ene Glória da Silveira, há necessidade de um projeto amplo para formação de recursos humanos nas instituições de ensino superior da região Norte. Segundo ele, deve haver um maior equilíbrio entre as instituições de ensino. O reitor preside o Protocolo de Integração das Universidades da Amazônia Legal. Silveira chamou atenção para da aprovação de quatro cursos de pós-graduação nos últimos dois anos na Capes. "Este apoio tem sido essencial para que as instituições do Norte consigam melhorar o seu desempenho", concluiu. (Adriane Cunha)