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SBPC discute formação de professores
{mosimage}O diretor de Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior da
(CAPES/MEC), Dilvo Ristoff, participou, nesta segunda-feira, da 60° Reunião da SBPC.
Ristoff apresentou a nova CAPES e participou da mesa-redonda com o tema Formação de
Professores de Ciências para o Ensino Médio, com o objetivo de discutir o ensino de física, química
e biologia no contexto dos desafios, quantitativos e qualitativos, que enfrenta o ensino médio
brasileiro, como espaço de identificação de talentos para as ciências e como espaço de preparação
de estudantes para continuarem seus estudos na graduação. A mesa foi coordenada pelo professor
Antonio Ibañez Ruiz, representante do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e os apresentadores,
Dilvo Ristoff e a professora Myriam Krasilchik, da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo Ristoff, existe "um apartheid" que separa o campus da escola, a graduação do ensino
básico e, por conseqüência, os professores das licenciaturas dos professores das disciplinas do
ensino médio. Estes professores, que deveriam estar próximos uns dos outros, não só pertencem a
sistemas de ensino distintos, autônomos e que se declaram auto-suficientes, dificilmente se
encontram em algum evento acadêmico ou científico e raramente se comunicam. Nestas condições, a
formação do professor nas licenciaturas não acontece para atender as necessidades da escola.
"O que se forma é o químico e não o professor de química, o físico e não o professor de
física, o biólogo e não o professor de biologia. Enquanto este apartheid continuar, a formação do
professor continuará sendo um rótulo, um título sem conexão com as demandas da escola", afirmou.
O professor Adalberto Fazzio destacou a educação continuada. Segundo ele, com a nova CAPES, a
formação continuada vai ter a importância que merece. "O objetivo geral é melhorar o aprendizado do
aluno. O professor tem que ter vontade de pesquisar, o aluno é um material rico dentro de sala de
aula".
A formação de professores está sendo especialmente estimulada no setor público,
principalmente em nível federal, como o Reuni, os IFETs e a UAB. São investimentos expressivos que
vão promover uma expansão significativa na formação de professores. Estes esforços, combinados com
o Fundeb, o piso salarial, os programas de fomento da CAPES – PIBID, Prodocência, Observatório da
Educação, Escolas Parceiras e outros, permitirão que o Brasil, em 10 anos, consiga pagar a dívida
que tem com a educação básica, tornando a formação de professores para este nível de ensino uma
questão de Estado, que ultrapassa governos. "Quando tivermos pagado esta dívida educacional, o
Brasil estará pronto para assumir o seu papel entre os líderes mundiais nas artes, nas ciências e
nas tecnologias de ponta", salienta Ristoff.
No dia 16, quarta-feira, o presidente da CAPES, Jorge Guimarães, participará de mesa-redonda
com o tema Ciência na Escola.Todos os debates fazem parte da 60º Reunião da SBPC.(Assessoria de
Imprensa da CAPES)