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Novo programa de pós-graduação entre Brasil e França é assinado em Paris
Os ministros da educação do Brasil e da França assinaram nesta terça-feira, 11, em Paris, um acordo de cooperação internacional para a pós-graduação. Fernando Haddad e Gilles de Robien estabeleceram a criação do Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (CDFB). O programa, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), irá permitir que doutorandos brasileiros e franceses, participantes do Colégio, tenham o título reconhecido automaticamente nos dois países.
O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, representante da agência na cerimônia, disse que o Colégio irá corresponder à necessidade de internacionalização de um ensino de pós-graduação de qualidade. "A dupla titulação é uma importante conquista para o Brasil, principalmente, para o bolsista que integrar o programa. A banca será mista e o diploma será concedido pela universidade brasileira e pela francesa", informou Janine.
Pelo acordo, estudantes brasileiros poderão fazer doutorado em universidades da França e bolsistas franceses virão para instituições brasileiras com cursos recomendados pela Capes. Eles deverão estar inscritos na universidade de origem no primeiro ano de tese e acompanharão os cursos preparatórios (língua e metodologia da pesquisa), para preparar sua estada na universidade parceira. A seleção dos estudantes será feita conforme os critérios definidos por cada parte nacional e também respeitará a regulamentação adotada pela universidade hospedeira, sendo submetida para aprovação a cada país parceiro. A tese será defendida perante uma banca mista, da qual necessariamente farão parte os dois co-diretores. A viagem e a acolhida deverão ser autorizadas pela direção dos programas de pós-graduação das instituições participantes dos dois países. Os dois governos definirão ainda o número de bolsas anual.
Parceria - O governo brasileiro, por meio da Capes, financia cerca de 500 bolsistas na França em diversas áreas, entre elas, engenharias, economia, direito e artes. A maior parte das bolsas é oferecida pela Coordenação de Programas no Exterior da agência.
Além disso, existem outros dois programas da área de Coordenação de Cooperação Internacional da Capes com o governo francês. O programa Capes/Cofecub existe há 26 anos e promove formação em nível de pós-graduação (doutorado sanduíche e pós-doutorado), além de aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores. Outro programa com a França é o Brafitec. Foi implementado em 2002 para promover o intercâmbio de estudantes e a formação de professores nas disciplinas de engenharias. Desde então, foram aprovados 17 projetos, resultando em 24 missões de trabalho, 85 missões de estudo do Brasil e envolvendo 222 bolsistas brasileiros e franceses. (Adriane Cunha)