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Brasil sobe duas posições no ranking da produção científica
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O Brasil conquistou em 2006 a 15a posição no ranking dos países com maior produção de novos
conhecimentos científicos do mundo, subindo duas colocações comparado a 2005. O ranking dos 30
países com maior número de artigos cientificos publicados em revistas altamente qualificadas no
exterior foi divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), Jorge Guimarães, durante a 59º
Reunião Anual da SBPC, em Belém (PA).
Para Guimarães esse é um avanço extraordinário que só era previsto ocorrer após 2008. Os
dados internacionais (Capes/
Thomson NSI 2006) mostram que os pesquisadores brasileiros publicaram nesse ano 16.872
artigos nas mais importantes revistas científicas do mundo, apenas cerca de quatro vezes menos que
a Alemanha, a segunda do ranking, que publica 8,1% do total mundial. Já em relação a 2004, o
crescimento foi de 33%, três vezes a média mundial. O Brasil ultrapassou a Suécia e Suíça.
O presidente da Capes ressalta a importância da pós-graduação brasileira, onde se dá
majoritariamente a produção científica como produto resultante do desenvolvimento das teses e
dissertações. Conforme ele, os dados internacionais confirmam a relação direta do crescimento da
ciência brasileira de alto nível com a formação de novos mestres e doutores. ?O desempenho
excepcional do Brasil permite considerar que a pós-graduação está capacitada e qualificada para dar
suporte técnico-científico, se integrar ao projeto nacional e contribuir decisivamente para
desenvolvimento tecnológico e de inovação, atuando no segmento industrial tanto público como
privado?, analisa.
Outro aspecto importante, ressaltado por Guimarães, é que nesse ritmo o país ocupará na
ciência a mesma posição mundial que exibe em relação ao PIB, seguindo a correlação que existe entre
os países mais desenvolvidos. ?Mas para assegurar sua posição ou para subir no ranking, o país
precisará manter e até mesmo ampliar seu desempenho atual?, acredita o presidente da Capes.
As áreas que mais cresceram no país na comparação dos triênios 2001-2003 e 2004-2006 foram:
psicologia/psquiatria (70%); produção animal vegetal (58%); ciências Sociais (52%); medicina (47%);
farmacologia (46%); ciência agronômica (46%); imunologia (44%);computação(44%); ecologia e meio
ambiente (40%). Já 2006 comparado a 2005 o crescimento foi: imunologia (23%); medicina (17%);
produção animal e vegetal (13%); economia (12%); ecologia e meio ambiente (12%); engenharias
(11%).
No topo do ranking estão Estados Unidos, que é responsável por 32,3% da produção científica mundial, em seguida vem a Alemanha que desloca o Japão e assume a segunda posição com 8,1%; a China assume o quarto lugar e em quinto lugar a Inglaterra. (Adriane Cunha)