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Candidatos a bolsas de doutorado nos EUA são entrevistados
{mosimage}O processo de seleção de candidatos ao Programa de Doutorado Pleno nos Estados Unidos deu início à
etapa da entrevista. Treze consultores, divididos em quatro comitês, de acordo com as grandes áreas
do conhecimento, entrevistam até quarta-feira, dia 19, 83 candidatos pré-selecionados entre 122
inscritos. As bolsas serão implementadas no segundo semestre de 2008.
O programa é uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes/MEC) com a Comissão Fulbright do Brasil. ?Estamos muito satisfeitos com esta parceria, que
já ocorre há quatro anos?, diz o diretor da Comissão Fulbright, Luiz Valcov Loureiro. Após as
entrevistas, os candidatos aprovados concorrerão a vagas nas instituições norte-americanas. Para a
coordenadora de Programas no Exterior da Capes, Maria Luiza Lombas, a seleção tem identificado bons
candidatos. ?Os brasileiros estão em posição de igualdade com estudantes do mundo inteiro que
concorrem a uma vaga para doutoramento nos EUA?, acredita.
Um dos candidatos é Rafael Leite, graduado em ciências biológicas pela Universidade de
Brasília (UnB), e com mestrado em ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Ele quer fazer doutorado em biologia evolutiva, na Universidade de Brigham Young, em Utah. Leite
desenvolve seus estudos na área de filogenia molecular e biogeografia dos ratos-de-espinho do
gênero
proechimys, abundantes em florestas neotropicais, como a floresta amazônica. ?O estudo das
relações desse grupo poderá contribuir para inferir as relações históricas da biota neotropical?,
explica. Segundo ele, o fato de os Estados Unidos dispor de museus que possuem material genético
nessa área, além de computadores muito potentes, poderá otimizar seu trabalho de pesquisa.
Graduada em física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Katemari Rosa quer
fazer doutorado na área de ensino de ciências, na Universidade de Columbia. Sua proposta de
pesquisa é abordar a escolha da carreira e da formação de mulheres físicas negras. ?A Universidade
de Columbia tem dados sobre esse assunto, relativos aos Estados Unidos. Quero descobrir em que
medida o ensino de ciências, no Brasil, poderá contribuir para que mais meninas negras brasileiras
escolham a carreira científica?, salienta Katemari.
As bolsas têm duração inicial de doze meses, podendo ser renovadas, dependendo do desempenho
do bolsista, desde que não ultrapassem o período total de quatro anos. Os selecionados receberão
passagem aérea de ida e volta, bolsa mensal no valor US$ 1.100,00, auxílio instalação e seguro
saúde. Para mais informações sobre o Programa Capes/Fulbright acesse
aqui. (Fátima Schenini)