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Programa de ampliação do número de doutores na Amazônia é apresentado na SBPC
{mosimage}O programa Acelera, Amazônia, desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), foi apresentado nesta segunda-feira, 18, pelo coordenador de área da Capes, Adalberto Luiz Val, na 57ª Reunião da SBPC, em Fortaleza (CE).
Adalberto Val explicou que o objetivo é ampliar o número de mestres e doutores naquela região. Atualmente, apenas mil doutores trabalham na Amazônia, número muito pequeno para a dimensão da área, que representa 60% do território brasileiro.
Professor e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Adalberto Val, destacou o grande interesse que a região desperta no mundo, devido, principalmente, à grande biodiversidade que possui, ainda inexplorada. Citando como exemplo os peixes conhecidos no mundo, ele destacou que "80% dos peixes que têm escamas e 40% dos que têm couro são originários da Amazônia. Além disso, todos os peixes elétricos que existem estão na região", salientou.
Biopirataria - Para ele, a biopirataria é um antigo problema. "Precisamos de profissionais que ajudem a descrever as espécies locais, porque os estrangeiros acabam tendo acesso a mais dados do que os próprios brasileiros", alerta o pesquisador.
De acordo com Adalberto Val, a meta do programa Acelera, Amazônia é triplicar, até 2010, o número de cursos de pós-graduação nas instituições de ensino superior da região. As ações e os instrumentos para alcançar este objetivo estão sendo debatidos em um comitê. A proposta de criação desse programa faz parte das metas do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2005/2010), coordenado pela Capes. (Fátima Schenini)