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Novos cursos de pós-graduação são aprovados pela Capes
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) recomendou 147 novos cursos de pós-graduação em instituições de ensino superior brasileiras. Foram aprovados 83 mestrados, 44 doutorados e 20 mestrados profissionais. No total foram avaliadas 408 propostas.
A área com maior de número de cursos aprovados foi a multidisciplinar com 18 projetos, em seguida a engenharia dois com oito, medicina também com oito, e saúde coletiva com sete cursos recomendados. Ainda estão para análise 36 e 225 cursos não foram recomendados. Neste ano, foram encaminhadas à Capes 449 propostas de cursos novos.
Os integrantes do Conselho Técnico Científico (CTC) da Capes reuniram-se na semana passada em Brasília para a avaliar as propostas. Anteriormente, os 600 consultores das 45 áreas do conhecimento julgaram detalhadamente as propostas, baseados nos critérios de qualidade da Capes.
Após a recomendação da agência, os cursos receberão o reconhecimento do Conselho Nacional de Educação (CNE). O total de cursos de pós-graduação existentes hoje no país passa a ser de 3.592. Confira aqui a lista dos cursos recomendados.
Destaques - Entre os cursos recomendados este ano destaque para o primeiro doutorado do Estado do Amapá. A Universidade Federal do Amapá obteve o reconhecimento de qualidade do doutorado em biodiversidade tropical. De acordo com o representante da área de ecologia da Capes, Fábio Scarano, o novo curso atende à necessidade de criação de condições adequadas ao desenvolvimento do Estado mais intocado da Amazônia, em que 91% do território é selvagem e 55% está sob preservação ambiental. "É importante que se tenha produção de conhecimento local, para que se possa conter a depredação e fazer com que nossos recursos sejam bem utilizados", afirma.
Com o mesmo objetivo de fomentar estudos vinculados ao potencial específico da região Norte, a Universidade Federal do Pará (UFP) recebeu aprovação dos cursos de mestrado e doutorado em Ecologia Aquática. Como o Estado faz parte da maior bacia hidrográfica do planeta e apresenta altíssima biodiversidade e recursos hídricos, o curso deverá ter enorme demanda e impacto regional. "Não deixa de ser um curso estratégico, já que é voltado para a nossa maior riqueza local. É a combinação ideal para o sucesso", diz Scarano. A UFP já possui uma tradição em pós-graduação tanto na área de ciências biológicas como na área de geociências "área de origem de boa parte dos docentes". Sendo assim, segundo Scarano, o novo curso vem para aperfeiçoar os estudos acadêmicos dos profissionais da área de biologia, engenharia de pesca, geografia, oceanografia e ciências ambientais.
Os dois programas de pós-graduação também atendem a uma das ações prioritárias da Capes, a formação de recursos humanos na região, dentro do programa Acelera Amazônia. (Adriane Cunha)