Capes assina convênio com entidades ibero-americanas e do Caribe

{mosimage}A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) assinou convênio com o Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc/Unesco), a Rede Ibero-Americana para a Avaliação da Qualidade da Educação Superior (Riaces), e a Comissão Nacional de Avaliação Universitária da Argentina (Coneau). O objetivo é promover o desenvolvimento da avaliação das carreiras de pós-graduação nesses países, de acordo com as prioridades e normas de cada um.

A cerimônia de assinatura foi realizada hoje pela manhã, na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, durante o I Encontro Latino-Americano e Caribenho de Redes Universitárias e de Conselhos de Reitores.

Entre as atividades conjuntas que serão desenvolvidas estão a promoção de debates, seminários, cursos e outras atividades de interesse mútuo, e o intercâmbio de dados, instrumentos, experiências e atividades. Além disso, serão realizados estudos e investigações sobre os sistemas de pós-graduação e seus mecanismos de avaliação na região.

No encontro, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, fez um breve histórico da trajetória da agência ao longo de seus 55 anos de existência. Ele destacou o grande crescimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação, que é formado, atualmente,por 3.561 cursos de pós-graduação nas diferentes áreas do conhecimento, sendo 2.339 de mestrado e 1.222 de doutorado. Em 1976, o número total de cursos de pós-graduação era de 673, sendo 490 cursos de mestrado e 183 de doutorado.

De acordo com Guimarães, o crescimento do número de alunos é ainda maior do que o de cursos e deverá crescer ainda mais. "Nossa meta é formar 16 mil doutores por ano, a partir de 2010," diz. O presidente da Capes informa que o número de alunos novos em cursos de mestrado e doutorado, que era de 21.616, em 1996, passou para 48.530 em 2005. E o número de titulados em mestrado e doutorado, que era de 7.039 em 1990, atingiu o total de 37.638 em 2005.

Avaliação - O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, fez uma explanação sobre o processo de avaliação da agência, que está completando 30 anos. Para ele, o cerne da avaliação está em poucos pontos centrais. O primeiro, é que os docentes tenham produção científica qualificada, isto é, que sejam pesquisadores ativos. O segundo ponto, é que a produção científica seja equilibrada, o que significa nenhum docente com produção nula. "Não queremos que nossos mestrandos e doutorandos tenham aulas ou sejam orientados por quem não pesquisa", destaca Janine. E o terceiro ponto, é que o aluno seja efetivamente formado, integrando suas atividades com a do orientador. "Por isso, dizemos que o foco da avaliação da Capes é o aluno. Não analisamos apenas a produção docente, mas o modo como ela vai ajudar o aluno a trabalhar melhor," justifica o diretor.

O evento, que termina nesta sexta-feira, 17, reuniu autoridades educacionais brasileiras e reitores de universidades públicas de 16 países para uma articulação entre as redes universitárias e os conselhos de reitores da região, com vistas ao aperfeiçoamento de projetos educacionais conjuntos. (Fátima Schenini)