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Plano Nacional de Pós-Graduação é avaliado na SBPC
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A avaliação do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) foi tema de um encontro aberto na tarde de hoje, 17, na 58ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O encontro foi coordenado pela professora da UFSC, Miriam Pillar Grossi.
O projeto, que busca definir caminhos para o crescimento da pós-graduação brasileira para o período 2005/2010, foi apresentado pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), Jorge Guimarães. Segundo ele, o PNPG quer expandir o sistema nacional de pós-graduação e formar 16 mil doutores em 2010.
Guimarães destacou as medidas que a Capes está implementando para cumprir as propostas estabelecidas no Plano. A indução de ações em setores estratégicos como metrologia, defesa, e petróleo e gás, bem como o apoio à criação de cursos de mestrado e doutorado interinstitucionais (como Minter e Dinter) são algumas das ações programadas. Como exemplo de ação induzida citou o programa Acelera Amazônia, que visa a formação de recursos humanos na região.
Ele destacou ainda as parcerias que estão sendo feitas com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Faps), para ampliar o número de bolsas. Já foram assinados convênios com 15, dos 27 Estados brasileiros. Um exemplo é o Plano Sul de Pós-Graduação, firmado entre a Capes e os Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. "Nosso grande desafio é aumentar cada vez mais o número de bolsas por meio das parcerias com os Estados", diz o presidente da Capes.
Para o professor da UFSC, Valdir Soldi, que participou do debate, a maior preocupação deve ser com a inserção dos doutores no mercado de trabalho, porque haverá um crescimento do número de titulados. "A empresa é o caminho, só as universidades não serão suficientes para absorver os novos doutores", avalia.
A partir do que está previsto no PNPG, Soldi, acredita que a indução tem funcionado de maneira bastante satisfatória. Para ele, o mestrado profissional permite a formação de recursos humanos qualificados que irão atuar no setor industrial e empresarial. Além disso, destacou a mobilidade como ponto positivo. "O incentivo que a Capes tem dado para a mobilidade de docentes e estudantes dentro e fora do país nos cursos recomendados com conceito quatro é muito importante para que o curso possa progredir", afirma.
O PNPG foi elaborado em 2004 por uma comissão que contou com a colaboração de representantes dos diversos segmentos que atuam na pós-graduação, tais como coordenadores de programas e cursos de pós-graduação, sociedades científicas, setor empresarial e Associação Nacional de Pós-Graduandos. (Fátima Schenini)