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Professores embarcam para o Timor Leste
{mosimage}Os treze professores selecionados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
do Ministério da Educação (Capes/Mec) viajaram na sexta-feira, 23, para Dili, capital do Timor
Leste, levando solidariedade e esperança ao povo timorense. Os brasileiros irão reforçar o
aprendizado da língua portuguesa no país.
A paulista Helen Fogaça, 23 anos, conta que está nervosa com a viagem, mas feliz. ?O Timor
está em reconstrução, portanto é um momento único?. Helen irá desenvolver atividades como pedagoga
e nas horas vagas planeja fazer trabalho voluntário como técnica em enfermagem, pois também tem
formação nesta área. Ela terá a companhia do marido, Jessé Fogaça, que não foi selecionado pelo
programa, mas decidiu ir de forma independente e fazer trabalho voluntário na área de letras.
Já o baiano Hélio Maia, 37 anos, conta que leva na bagagem a solidariedade. ?Vou levar na
bagagem a generosidade do povo brasileiro em querer ajudar e oferecer o melhor para esse povo tão
necessitado?. O professor do ensino médio de biologia diz que pretende matar a saudade da família
por meio da internet e pelo telefone.
O grupo embarca às 17h, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). A
assessora da Capes, Maria Luiza de Carvalho, acompanhará os professores. A partir do dia 26, já na
capital timorense, participarão de um curso preparatório de dez dias. A bolsa auxílio é de US$ 1,1
mil, além de outros benefícios.
A primeira edição do Programa de Qualificação de Docentes e Ensino da Língua Portuguesa no
Timor Leste ocorreu em 2005, quando 47 professores participaram da experiência no exterior e
realizaram um trabalho considerado excelente. O Brasil é um dos países que participa do projeto de
reconstrução da identidade do Timor, liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU), após 24
anos sob domínio da Indonésia.
De acordo com o presidente da Capes, Jorge Guimarães, a ajuda ao Timor faz parte da política
de cooperação internacional do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ?Trata-se de uma
nova visão sobre a cooperação internacional, em que o Brasil pode dar contribuições positivas para
recuperar os padrões culturais que o povo timorense perdeu ao longo de sua história recente?, diz.
Missão - O português é uma das línguas oficiais do país, falada por cerca de 12%
da população timorense, bem como o
tetum, falado pela maioria dos habitantes . Os professores brasileiros ministrarão aulas,
em português, de disciplinas como matemática, química, e biologia, com o objetivo de qualificar
docentes para o ensino fundamental.(Adriane Cunha)