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Prêmio Jovem Cientista é estímulo à carreira científica, diz Lula
{mosimage}Na solenidade de entrega do Prêmio Jovem Cientista, na segunda-feira (12), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da iniciativa como estímulo para que jovens sigam a carreira científica. "Quase todos os vencedores do prêmio, cerca de 90% do total, segundo dados do CNPq, permaneceram na carreira científica. Isso tem um enorme significado para o futuro do País, pois é um exemplo de estímulo à criatividade e inteligência colocados para o bem comum", disse Lula.
O presidente destacou a importância da ciência para o desenvolvimento e lembrou que muitas vezes os cientistas, verdadeiros apaixonados pelas suas pesquisas, chegam a sacrificar até mesmo sua vida pessoal em prol de benefícios comuns. Ele citou como exemplo de ciência voltada para o bem comum o caso de Natália Évelin Martins, ganhadora do Prêmio na categoria estudante do ensino médio. Ela desenvolveu sua pesquisa sobre Doença de Chagas, mal que atinge milhares de brasileiros carentes todos os anos.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, também defendeu ações de divulgação científica, assim como a proposta pelo Prêmio. Ele lembrou a bem sucedida 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, realizada pela primeira vez neste ano, pelo MCT em parceria com o Ministério da Educação, e que mobilizou mais de 10,5 milhões de estudantes em todo o Brasil. E já adiantou o que pode ser esperado para 2006: além da 2ª Olimpíada de Matemática e da 3ª Semana Nacional de C&T;, estão programados também as comemorações do centenário do vôo do 14-Bis, do cientista brasileiro Alberto Santos-Dumont, e a 1ª Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa.
"Com estes eventos, e outras ações de divulgação, queremos despertar, especialmente entre os jovens e entre os que estão nos cursos médios e nas universidades, o interesse pelo que acontece ao nosso redor e as razões pelas quais aquilo se dá naquele tempo, naquele espaço e daquela forma. É assim que nascem os cientistas", disse.
Sonhos e incentivos
Uma certeza relativa ao Prêmio %u2013 que distribui de computadores e impressoras até valores de R$ 20 mil aos ganhadores %u2013 é a importância que ele representa para os jovens pesquisadores em início de carreira. Amanda Meskauskas, vencedora na categoria estudante de ensino superior e pesquisadora do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo, lembra que o Jovem Cientista já conquistou representatividade na comunidade científica. Já na categoria graduado o primeiro lugar foi para a bióloga Ana Beatriz Gorini da Veiga, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O presidente da Capes, Jorge Guimarães, orientou o trabalho nos últimos sete anos.
Ela, que sonha em ser cientista desde criança, acredita que agora contará com mais incentivos para seguir sua carreira. Trabalhando desde o ano passado em sua pesquisa, a estudante defende uma política de concessão de bolsas cada vez mais abrangente: "a ampliação do número de bolsas beneficia mais estudantes e, consequentemente, a pesquisa no Brasil", diz.
Outro bastante empolgado com seu desempenho era o estudante Esdras dos Santos Nascimento, do Colégio Estadual Luiz Pinto de Carvalho, de Salvador (BA). Terceiro lugar na categoria estudante de ensino médio, ele diz que conheceu o prêmio nesse ano e, motivado pelo seu orientador, decidiu participar. Já na primeira tentativa, teve seu trabalho reconhecido em uma importante premiação científica voltada para jovens. "Espero que as próximas pesquisas rendam os mesmos resultados que esta", disse o estudante, que ao contrário de vários outros premiados, pretende largar no futuro a carreira científica e se tornar advogado.
O Prêmio
O Prêmio Jovem Cientista foi criado em 1981 com o objetivo de incentivar a pesquisa no Brasil. É considerado pela comunidade científica uma das mais importantes premiações do gênero, na América Latina. A entrega dos prêmios é feita pelo presidente da República e os mais respeitados nomes da ciência brasileira. Os temas escolhidos são sempre de interesse direto da população e buscam soluções para problemas encontrados em seu cotidiano. O desse ano teve como tema 'Sangue: Fluido da Vida'
Iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - agência de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Grupo Gerdau, da Eletrobrás/Procel e da Fundação Roberto Marinho, o XXI Prêmio Jovem Cientista recebeu este ano 1.377 inscrições de todo o País, sendo que 129 na categoria Graduado (pesquisadores já formados); 52 na categoria Estudante do Ensino Superior e 1.196 na categoria estudante do Ensino Médio. Os trabalhos vencedores do XXI Prêmio Jovem Cientista serão publicados em livro, para divulgação em centros de pesquisa, universidades e instituições públicas e privadas de todo o Brasil.
Este ano, o Prêmio concedeu Menção Honrosa ao professor Ricardo Pasquini, da Universidade Federal do Paraná, pesquisador indicado pelas instituições que desenvolvem pesquisas na área. Pasquini é cientista com referência em doenças do sangue, precursor do transplante de medula óssea no Brasil e que esteve presente ao anúncio ao lado dos vencedores de cada uma das categorias do XXI Prêmio Jovem Cientista. Confira a lista dos vencedores do XXI Prêmio Jovem Cientista.(Assessoria de Comunicação do MCT)