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Áreas tecnológicas podem integrar Brasil e Líbano
Os avanços tecnológicos realizados pelo Brasil na automação do setor bancário e a experiência do
Líbano de 25 anos na exportação de sistemas de segurança no segmento financeiro poderão ser os
primeiros temas a gerar parcerias de estudos entre os dois países. A possibilidade foi discutida no
Seminário Acadêmico Brasil-Líbano, promovido pela Assessoria Internacional do Ministério da
Educação e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), realizado
nestas segunda, 27 e terça-feira, 28, em Brasília.
O presidente da Capes, Jorge Guimarães, apresentou um panorama do desenvolvimento da
pós-graduação brasileira desde a década de 50 para os representantes das universidades libanesas.
Guimarães sugeriu 14 áreas em que o Brasil e Líbano poderão desenvolver projetos conjuntos de
pesquisa. Entre elas, educação, clínica médica, engenharias (ênfase para engenharia civil),
química, meio ambiente e ciências sociais. E destacou a informática. ?O Brasil é líder na automação
bancária há pelo menos 15 anos?, disse.
O professor da Universidade Saint Joseph, Boutros Labaki, revelou que há um crescimento
permanente do setor de programas de informática. Segundo ele, o Líbano exporta sistemas de
segurança para bancos e seguradoras dos Estados Unidos, Rússia e países europeus. ?Somos
exploradores crescentes dessa área. E com certeza esse é um dos assuntos que podemos explorar
conjuntamente com o Brasil?, afirmou.
Parcerias - Guimarães propôs a criação de dois programas para o início do
intercâmbio com o Líbano. Um deles é a ida de doutores brasileiros (professor-visitante) para
instituições libanesas e vice-versa. A outra sugestão seria a implementação de cátedras, nos moldes
em que o Brasil já pratica com outros países com o objetivo de difundir a cultura brasileira em
centros universitários.?Queremos realizar uma cooperação mais formal e esperamos que desse encontro
saiam propostas de editais de cooperação para que estudantes brasileiros possam ir para lá e que
estudantes libaneses venham estudar no Brasil, tanto no nível da graduação quanto da pós-graduação?.
Labaki apresentou a evolução do sistema educacional, de ciência e tecnologia do Líbano, desde
1866, quando foi fundada a Faculdade de Medicina da Universidade Americana de Beirute. O professor
sugeriu um novo encontro entre representantes de universidades, institutos de pesquisa e de pólos
de tecnologia libaneses com dirigentes, professores e pesquisadores brasileiros. Esse primeiro
encontro é resultado de uma missão do ministro da Educação Fernando Haddad ao Líbano em fevereiro
de 2006. O evento brasileiro tem apoio da Confederação das Entidades Líbano-Brasileiras
(Confelibras), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
(Andifes), da Universidade de Brasília (UNB) e do Clube Monte Líbano de Brasília.
Encontro – O seminário continua nesta terça-feira, 28, no auditório da reitoria da
Universidade de Brasília. Confira
aqui a
programação. Não é preciso fazer inscrição. (Adriane Cunha)