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Novo cadastro dará maior visibilidade à produção na pós-graduação
Um novo canal eletrônico foi colocado à disposição da comunidade acadêmica pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). O aplicativo eletrônico chamado Cadastro de Discentes irá receber, de forma continuada e, portanto, permanentemente atualizada, todos os dados relativos à comunidade dos alunos de mestrado e doutorado, desde a matrícula até a titulação. O aplicativo será também, a partir de agora, o instrumento formal de registro do envio das teses e dissertações para o Banco de Teses da Capes, disponibilizado no sítio Domínio Público, no Portal do MEC.
O presidente da Capes, Jorge Guimarães, explica que o Cadastro de Discentes funcionou em 2005 de forma experimental "e o resultado foi excelente. É um instrumento gerencial de fundamental importância para a Capes e, bem assim, para todas as demais agências de fomento, porque auxiliará, sobremaneira, a política de concessão de bolsas. Além disso, é uma base estatística que apresentará um cenário completo sobre o perfil do estudante de mestrado e doutorado". Em face disso, o instrumento terá também grande utilidade na assessoria à Caixa Econômica Federal, que passa agora a financiar também os alunos de pós-graduação.
Para os programas de pós-graduação, o novo formulário será de grande valia porque irá apoiar o preenchimento anual do Coleta Capes, o aplicativo mais importante usado na avaliação dos cursos de pós-graduação, uma vez que o formulário do Cadastro de Discentes foi concebido com a perspectiva de permitir a plena conversão dos dados e informações comuns aos dois aplicativos. Para os mestrandos e doutorandos, o cadastro, ao disponibilizar seus trabalhos no Banco de Teses, estará possibilitando a outros concluintes reconhecer e dar crédito, valorizando o trabalho que já foi feito em determinado tema e, sobretudo, fazer a citação de suas dissertações e teses, uma condição importante nos seus futuros currículos, o que, até agora foi uma condição somente utilizada por colegas do grupo de um mesmo orientador.
Para facilitar o preenchimento inicial, os cursos já receberão o novo formulário com os dados de todos os seus alunos registrados pelos cursos durante a fase experimental do aplicativo em 2005. "Entendemos que o Cadastro de Discentes representa grande avanço no acompanhamento de como vão ocorrendo os avanços diuturnos da nossa pós-graduação, oferecendo, ademais, o imediato acesso aos trabalhos defendidos como dissertações e teses pelo Brasil afora. Isto não é trivial, pois em 2005 foram produzidas mais de 40 mil teses e dissertações no país", enfatiza.
O cadastro ficará aberto de forma permanente para que os cursos preencham as informações sobre seus alunos a cada mudança da situação do estudante junto ao curso. Para o preenchimento do formulário, a coordenação dos cursos utilizará uma senha já disponibilizada pela Capes.
Digitalização das teses - De acordo com a Portaria n° 13, publicada pela Capes neste ano, os cursos deverão digitalizar teses e dissertações defendidas a partir de março de 2006. Desta forma, a produção de teses e dissertações estará disponível no Banco de Teses, com atualização constante.
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a iniciativa é muito importante e complementa o portal de Domínio Público do MEC. "Do ponto de vista do conhecimento, isso é de extrema relevância, pois jovens das mais distantes regiões do país terão acesso a teses e dissertações de grandes universidades do Brasil. Com certeza, é uma iniciativa que irá contribuir para que a produção científica nacional aumente ainda mais", avalia.
A obrigatoriedade da digitalização incluirá apenas as teses e dissertações que forem defendidas a partir de março, mas a Capes vai possibilitar e estimular a inclusão das concluídas anteriormente, para que também sejam colocadas à disposição do público. (Assessoria de Imprensa da Capes)