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Capes e fundo americano integram formação acadêmica e indústria
{mosimage}O programa governamental do ensino superior que o Brasil mantém com o Departamento de Educação dos
Estados Unidos tem apresentado excelentes resultados para ambos os países. A conclusão é do
encontro anual de avaliação do programa bilateral entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes/MEC) e o Fundo para Melhoria da Educação Pós-Secundária (Fund for the Improvement of Post Secondary Education - FIPSE), realizado em Nashville,
Tennessee, nos dias 30 de outubro e 1º de novembro.
Conhecido como Capes/Fipse, o programa é centrado, principalmente, na modernização
curricular, reconhecimento recíproco de créditos, e dupla diplomação. De 2002 até agora foram
financiadas 690 bolsas para estudantes de graduação. Atualmente, estão em andamento 43 consórcios,
que envolvem mais de 120 instituições de ensino superior do Brasil e dos Estados Unidos.
De acordo com a diretora de Administração da Capes, Denise Neddermeyer, representante da
Agência no encontro, o Capes-Fipse vem alcançando objetivos que vão além da cooperação estritamente
acadêmica. "O importante é que alguns projetos estão se tornando multiplicadores, na medida em que
estabeleceram parceria com o setor privado e, desta maneira, se tornarão auto-sustentáveis,
mantendo a parceria bilateral mesmo após a conclusão do projeto no âmbito governamental", explica.
Exemplo disso é o projeto da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais,
coordenado pelo professor e pesquisador da área de engenharias de materiais, Paulo Waki. O projeto
é integrado ainda, pelo lado brasileiro, pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), de
Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, onde há um pólo de desenvolvimento em
eletro-eletrônica e tecnologias da informação e Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação
Tecnológica (Fucapi) relacionada à Zona Franca de Manaus. Pelo lado americano, a
San Jose State University, na cidade de San Jose, no Vale do Silício, e a
West Valley College, que abriga um centro de interação com empresas da região.
Waki destaca que o grupo conseguiu formar uma rede de cooperação entre as instituições
universitárias com entidades empresariais, o Sindicato das Indústrias do Vale da Eletrônica, no
Brasil e o
Sillicon Valley Center for International Trade Development, norte-americano. "As duas
entidades participam ativamente das ações do consórcio, propiciando novas oportunidades aos
intercambistas do programa", afirma.
Para Waki, o Capes/Fipse é uma excelente iniciativa. "O programa dá oportunidade para que
alunos vivenciem os diversos aspectos relativos à formação técnica e cultural no exterior, fator
fundamental para o sucesso profissional no mundo globalizado". Além disso, salienta, "a forma como
o programa está estruturado fortalece vínculos que facilitam futuras cooperações abrangendo
atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico".
Encontro – O 7º Encontro Anual do Programa de Consórcios em Educação Superior
entre o Brasil e Estados Unidos reuniu 160 acadêmicos brasileiros e norte-americanos, responsáveis
pelas coordenações de cada projeto. A coordenadora adjunta de Cooperação Internacional da Capes,
Fátima Battaglin, e o chefe do setor Educacional do Itamaraty, Daniel Pontes, também estiveram
presentes. O Fipse foi representado pelo diretor interino, Ralph Hones; por seu ex-diretor, Leonard
Haynes III; e pelo especialista em cooperação, Frank Frankfort. (Adriane Cunha)