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Instituições privadas buscam qualificação para criação de novos cursos
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Investimentos em pesquisa, formas de financiamento, mestrado profissional e programas multidisciplinares foram os assuntos mais debatidos na oficina sobre criação de cursos de mestrado e doutorado, realizada durante toda a semana passada, em Brasília. O encontro, dirigido às instituições privadas, foi uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) e a Universidade Católica de Brasília (UCB).
Participaram reitores, pró-reitores, coordenadores, diretores e assessores de instituições com ou sem experiência na criação e manutenção de cursos de pós-graduação stricto sensu. "As principais dúvidas foram quanto à organização da política de pós, incluindo os investimentos em pesquisa e pós-graduação por mantenedoras particulares", destaca Ivan Rocha, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Católica de Brasília (UCB).
O pró-reitor de pós-graduação e pesquisa do Centro Universitário de Caratinga, em Caratinga (MG), José Maria, decidiu participar da oficina porque acredita que as dicas irão auxiliar no projeto de crescimento da instituição. O Centro já possui um mestrado em meio ambiente e sustentabilidade recomendado pela Capes com nota 3. Eles pretendem apresentar neste ano duas propostas à Capes, uma de mestrado em educação e linguagem e, ainda um mestrado em ciências da reabilitação. "Nosso grande projeto é, em 2008, transformarmos o Centro em universidade", planeja. Para ele, um dos grandes desafios é o financiamento."Temos que ser três, quatro vezes melhor para conseguirmos um apoio financeiro ou uma bolsa, referindo-se um dos critérios para distribuição de bolsas da Capes, a qualidade. O Centro tem oito mil alunos de graduação e 75 de pós-graduação.
Da mesma forma, o pró-reitor de pesquisa da Universidade Severino Sombra de Vassouras (RJ), Paulo Cassino, quer melhorar o desempenho da instituição que já tem um mestrado em história recomendado com conceito 3 pela Capes. "Temos um corpo docente qualificado, 30% dos professores da Universidade têm doutorado, e temos uma produção científica significativa", diz. Mas Cassino acredita que é necessário alinhar melhor o corpo docente com a política da Capes. "Precisamos entender e atender melhor os critérios exigidos", avalia. A instituição também apresentará à Capes quatro novas propostas de cursos.
Segundo o representante da Faculdade IBTA, instituição com sede em São Paulo, Mairlos Navarro, o principal interesse da sua faculdade também é compreender melhor a avaliação realizada pela agência. Focada em treinamento, tecnologia e gestão a instituição tem um mestrado profissional recomendado pela Capes. "Queremos entender melhor a metodologia de avaliação da Capes e também compreender a maneira de montar as equipes de pós".
De acordo com o diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, a Capes espera qualificar os projetos de cursos de pós-graduação apresentados anualmente à agência. A UCB foi escolhida pela agência para ministrar a oficina porque desde de 2001, quando a instituição não possuía nenhum programa de pós, conseguiu obter recomendação da Capes em nove projetos de cursos novos. "Além disso, cinco dos nove programas melhoraram seus conceitos de avaliação", complementa Ivan Rocha.
Públicas - No próximo dia 17 de fevereiro, as pró-reitorias de pós-graduação das instituições públicas poderão participar de outra oficina sobre criação de cursos novos de mestrado e doutorado. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio da Capes, irá promover o segundo encontro sobre o tema. O primeiro foi realizado em dezembro.
As inscrições podem ser feitas na pró-reitoria de pós-graduação da UFMG por meio do endereço eletrônico info@prpg.ufmg.br ou pelo telefone (31) 3499-4047. (Assessoria de Imprensa da Capes)@prpg.ufmg.br>