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Seminário discute desenvolvimento do ensino superior na região Norte
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O programa Acelera Amazônia, desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), foi um dos assuntos discutidos em seminário promovido pela Comissão de Educação e Cultura, da Câmara dos Deputados, na terça-feira, 20. O evento, que abordou a expansão do ensino superior público, em especial na Região Norte, destacou a necessidade de criação de condições adequadas ao desenvolvimento da área, falando de programas que visam a ampliação da pesquisa e pós-graduação na região.
Em 2003, apenas 1,8% dos projetos de doutorado se encontravam na região Norte, enquanto a região Sudeste mantinha 80% de projetos em andamento. Em vista dessa realidade, em 2004 a Capes criou o Acelera Amazônia, em parceria com as universidades da região, para conceder bolsas de apoio a mestrandos, doutorandos, recém-doutores, e ampliar o número de pesquisas, professores qualificados e publicações naquela região. Atualmente, apenas mil doutores trabalham na Amazônia, número ainda muito pequeno para a dimensão da área.
"O plano é triplicar esse número até 2010", disse o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães. Para ele, com esse aumento no número de pós-graduandos, o desenvolvimento da região será uma conseqüência óbvia. Guimarães demonstrou otimismo frente ao objetivo do programa: "nosso trabalho é qualificar a educação no Brasil. Com esse programa expandiremos ainda mais os resultados de nossos objetivos", completou.
Os graves problemas de subdesenvolvimento na região norte, que acarretam dificuldades na pesquisa e formação de pós-graduandos também foram apresentados no seminário. A Amazônia Legal representa 61% do território brasileiro e compreende nove estados da federação. No entanto, no que se refere a desenvolvimento, toda a região Norte significa apenas 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Segundo o coordenador do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições Federais de Ensino Superior Brasileiras (Foprop), da região Norte, Silvio Romero Buarque de Gusmão, o números de doutores está diretamente relacionado ao PIB da região. "É um ciclo vicioso. Sem condições de estudo e pesquisa não há condições de se formarem doutores; sem doutores, não há pesquisa, e assim vai", disse Gusmão.
O evento, realizado a partir de proposta do deputado Carlos Abicalil (PT-MT), também teve participação do secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (SESU/MEC), Nelson Maculan Filho e do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Erney Camargo. (Assessoria de Imprensa da Capes)