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Hospitais universitários têm novas regras
Os ministérios da Educação e da Saúde unem forças para garantir a qualidade do ensino e do
atendimento dos hospitais universitários. Nesta terça-feira, 2, na sede do Ministério da Saúde, foi
lançado um sistema que permite a adesão, pela internet, ao Programa de Reestruturação dos Hospitais
de Ensino. Duas portarias redefinem as regras para o credenciamento dos hospitais universitários
brasileiros.
"A união entre educação e saúde torna o todo mais importante do que as agendas isoladas das
partes", ressaltou o ministro da Educação, Fernando Haddad, que participou da solenidade ao lado do
ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
O programa de reestruturação, lançado em 2003, permite o credenciamento dos hospitais que
participam da formação de estudantes de graduação e de pós-graduação. Até o momento, 213
instituições solicitaram a certificação como hospitais de ensino. Foram certificadas 143. "Esses
hospitais recebem, mensalmente, um repasse adicional de recursos que já chega a mais de R$ 326
milhões", explicou Temporão.
As duas portarias, assinadas por Haddad e Temporão, redefinem as regras para que os hospitais
passem a ser considerados instituições de ensino. A primeira estabelece novos critérios para que um
hospital seja reconhecido como universitário ? antes, todos eles deveriam reservar, no mínimo, dez
vagas para residentes. Com a portaria, os de menor porte têm tratamento diferenciado e serão
analisados antes da definição do número de vagas para residentes. Além disso, a portaria estabelece
que os hospitais de ensino também reservarão vagas para o estágio de alunos de outras áreas de
saúde, como enfermagem, psicologia e nutrição.
Certificação ? A segunda portaria cria a comissão interministerial para a
certificação dos hospitais de ensino. De acordo com o documento, 16 representantes de cada
ministério, também chamados certificadores, serão responsáveis pela análise da documentação e farão
visitas aos hospitais que solicitarem o credenciamento como instituições de ensino. O resultado da
análise será encaminhado à comissão interministerial, formada por três membros de cada ministério.
"A comissão compromete os futuros ministros das duas pastas com uma agenda comum, que é a expressão
do avanço na educação e na saúde do País", destacou Haddad.
Na rede hospitalar brasileira, os hospitais universitários são responsáveis por 70% dos
procedimentos de média e alta complexidade. De acordo com o ministro da Saúde, tais procedimentos
terão um reajuste de recursos de 23%, o que aumentaria em R$ 4 bilhões as verbas destinadas à
saúde. "Os hospitais vinculados ao MEC receberão um reajuste de mais de 20%. Mais de mil
procedimentos considerados como complexos terão uma nova tabela de preços para o governo", garantiu
Temporão.
Mais informações no serviço de atendimento ao cidadão do Ministério da Saúde, pelos telefones
0800-611997 e (61) 3315-2425. (Ana Guimarães, da Assessoria de Comunicação do MEC)