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Brasil e Timor Leste renovam acordo
{mosimage}O ministro dos Negócios Estrangeiros do Timor Leste, Zacarias da Costa, visitou o MEC nesta
segunda-feira, 28, para reforçar os laços da cooperação educacional entre os governos brasileiro e
timorense. O acordo de qualificação docente e ensino da língua portuguesa em Timor Leste, firmado
em 2004, foi renovado este ano e estará em vigor até 2010.
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a renovação da cooperação é uma forma de
estreitar laços com o Timor. Haddad falou ao ministro timorense sobre a reforma educacional em
curso no Brasil, pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que se dá em todos os níveis da
educação. Ele citou o censo escolar por aluno, a ampliação do acesso ao ensino superior e o
investimento na educação profissional como exemplos da mudança. ?É um processo profundo. Além de
inovações tecnológicas, introduzimos inovações metodológicas?, afirmou.
Haddad ainda ressaltou que a reforma educacional dá ao Brasil condições de cooperar ainda
mais com países como o Timor. Segundo ele, os projetos em curso podem ser facilmente prorrogados e
expandidos, e também pode-se abrir o leque para novas possibilidades. ?Agora temos condições para
isso?, destacou.
Zacarias da Costa concordou e reafirmou a gratidão pelo apoio do Brasil, especialmente em
reintroduzir a língua portuguesa no Timor. ?Nosso país é novo e ainda tem fragilidades. Uma delas é
na formação de profissionais qualificados e é nisso que também queremos investir?, explicou.
Assim que foi declarada a independência de Timor Leste, em maio de 2002, o Brasil assinou
dois acordos com o país: de cooperação educacional e de cooperação técnica, ratificados pelo
Congresso Nacional em 2004. O apoio brasileiro foi solicitado para retomar a língua portuguesa como
idioma mais falado no Timor, cuja população fala o tétum (idioma local) e o indonésio, conseqüência
da ocupação do país pela Indonésia, entre 1975 e 1999.
Embora o Timor Leste tenha sido colonizado por Portugal até meados da década de 1970, somente
pequena parcela da população – entre 10 e 20% – fala português, já que a Indonésia proibia o uso e
a publicação de revistas e jornais no idioma.
Com a assinatura do decreto 5.274, em 2004, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes) mandou a Dili, capital timorense, 50 professores, que deverão permanecer até
junho deste ano. No momento, participam do programa 43 docentes, bolsistas da Capes, que realizam
projetos de formação de professores em exercício, de capacitação de professores de educação
pré-secundária e secundária, de ensino da língua portuguesa instrumental, de promoção da qualidade
no ensino de ciências e de implantação da pós-graduação na Universidade Nacional Timor Lorosae.
(Letícia Tancredi/Assessoria do MEC)