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MEIO AMBIENTE
Bactérias podem eliminar poluentes no mar
Pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Biologia Celular e Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) quer usar a biotecnologia para promover a biodegradação de hidrocarbonetos, como petróleo, gasolina, diesel e querosene, existentes no litoral brasileiro. Financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no e dital Entre-Mares , a meta do trabalho é identificar microrganismos capazes de eliminar agentes poluentes n a terra ou n o mar a partir do uso de bactérias.
O trabalho é liderado p or Lucymara Fassarella , que coordena e orienta a equipe de cientistas na tarefa de prospectar bactérias no Laboratório de Biologia Molecular e Genômica (LBMG) , da UFRN . Em ensaios clínicos, os pesquisadores analisam amostras do petróleo recolhido em praias do Rio Grande do Norte e de Pernambuco e selecionam microrganismo s extraíd o s do ambiente contaminado.
A intenção é analisar o DNA destas bactérias para encontrar uma solução totalmente eficaz e rápida para solucionar futuros problemas de contaminação dos mares e das praias brasileiras. “ Analisaremos o DNA de um grande número de bactérias para escolher quais delas podem atuar, de maneira conjunta e combinada, naquilo que chamamos de consórcio de microrganismos, como uma solução remediadora biológica para áreas do meio ambiente terrestre ou aquático contaminados”, explica Fassarella .
A iniciativa da UFRN nasceu durante o surgimento de petróleo no litoral brasileiro em 2019, quando toneladas do produto foram encontradas nas praias de diversos estados. Depois daquele acontecimento, a CAPES lançou o edital Entre-Mares e selecionou 15 projetos para estudar e apresentar soluções para evitar novas tragédias ambientais. Os projetos iniciaram em março de 2020 e t ê m duração prevista de dois anos.
Projeto Entre-Mares
O Programa CAPES – Entre Mares é uma iniciativa da CAPES motivada pelo desastre ambiental gerado por ocasião do derramamento de óleo no litoral brasileiro e da demanda apresentada pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) , criado no âmbito do Plano Nacional de Contingência (PNC) , para a gestão de ações de resposta. A ação destinou R$ 1,3 milhão a 15 projetos selecionados.
O GAA é formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (IBAMA).
Legenda das imagens:
Imagem 1:
Lucymara Fassarella, professora do Departamento de Biologia Celular e Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2:
Professora Lucymara com uma amostra utilizada na pesquisa
(Foto: Arquivo pessoal)
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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