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ENPROP
Avaliação, financiamento e CAPES Global são destaques
A participação da CAPES no 40º Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Enprop) se deu na apresentação de diversas palestras sobre assimetrias, desigualdades e complementaridades na pós-graduação. Três diretores participaram do evento, ocorrido no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG). Eles abordaram a Avaliação Quadrienal, políticas de financiamento e o Programa CAPES Global, que está em desenvolvimento.
O diretor de Avaliação da Fundação, Antonio Gomes de Souza Filho, falou sobre “Avaliação da pós-graduação brasileira sob a ótica das assimetrias, desigualdades e complementaridades”, apresentação realizada no dia 14 de novembro. Segundo o gestor, a avaliação, com quase 50 anos de existência, ajudou o Brasil a ter um Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) robusto, mas precisa passar por aprimoramentos.
“O SNPG evoluiu, mas a estrutura de avaliação não evoluiu para acompanhar todas as nuances e novos elementos que a contemporaneidade impõe”, disse o diretor, que deu um exemplo do que pode vir a ser feito. “As nuances e as diferenças regionais estão naturalmente inseridas nas práticas dos programas. Se a Avaliação implementar o conceito de avaliar a partir da missão e propósitos do Programa, diminui naturalmente o problema da uniformização da avaliação”, afirmou.
Antonio Gomes observou que a CAPES recebeu 1.050 propostas de cursos novos em 2023 e 750 em 2024. “O SNPG tem tamanho e capilaridade, e capacidade para continuar crescendo. Precisamos expandir agora também por meio de demanda induzida, com programas de pós-graduação bem articulados com a sociedade”, disse.de pós-graduação bem articulados com a sociedade”, disse.
Em relação a fomento institucional, ações estratégicas, Portal de Periódicos e planejamento, o diretor de Programas e Bolsas no País, Luiz Antonio Pessan, apresentou no dia anterior a palestra “Políticas de financiamento para o enfrentamento das assimetrias, iniquidades e complementaridades na pós-graduação”. E, como o próprio mostrou, a Fundação conta com um orçamento de R$ 5,1 bilhões para 2024, dos quais R$ 2,5 bilhões são destinados a bolsas de pós-graduação no País.
Foram apresentados dados sobre a evolução de número de programas de pós-graduação nas regiões do País e como está a política de financiamento destes programas através de bolsas e custeio. Programas e políticas de financiamento foram citados como exemplos de ações estratégicas para mitigar assimetrias regionais e redução das desigualdades. Em um dos exemplos, Pessan apresentou dados de crescimento da quantidade de programas de pós-graduação de excelência: “Temos notas 6 e 7, uma alta de 39,2% nos últimos quatro anos. Em relação às regiões, houve aumento de 80% no Norte (hoje com 9), 76,5% no Nordeste (atualmente com 60) e de 35% no Centro-Oeste (27)”.
A cooperação com outros países, por sua vez, deve passar por uma mudança de rota para estimular a vinda de estrangeiros ao Brasil. Esse foi o ponto central da apresentação “CAPES Global – Programa Redes para Internacionalização Institucional”, feita pelo diretor de Relações Internacionais da Fundação, Rui Oppermann.
De 2018 a 2024, o Brasil enviou 26.767 pós-graduandos para complementar os estudos no exterior e recebeu 4.329 estrangeiros. “A internacionalização não pode ser mais olhar daqui para fora. A CAPES nasceu assim e cresceu assim. Hoje temos um sistema de pós-graduação robusto, que pode absorver pesquisadores estrangeiros”, disse o diretor.
O Programa CAPES Global, cujo lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2025, tem como finalidade criar redes de cooperação entre instituições brasileiras. Essas abarcarão instituições nacionais de diferentes regiões do País e em distintos estágios de internacionalização para promover o desenvolvimento acadêmico e científico dos participantes por meio da interação com instituições estrangeiras. A ideia é ter universidades internacionalizadas no Brasil.
Além dos três diretores, a presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, também discursou. Na apresentação dela, foi traçado um panorama mais geral da pós-graduação. As plateias de todas as palestras foram compostas por pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação de todo o Brasil, que participaram de debates sob o tema central “Assimetrias, desigualdades e complementaridades”, proposto pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop).
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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