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Avaliação da pós-graduação é discutida em encontro de pró-reitores
Foi apresentada nesta quinta-feira (25), no segundo dia do Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e de Pós-Graduação ( ENPROP ), em Florianópolis (SC), a Proposta de Aprimoramento de Avaliação da Pós-Graduação elaborada pela Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-graduação ( PNPG ) e aprovada pelo Conselho Superior da CAPES. O objetivo do documento é contribuir para o aperfeiçoamento do sistema de avaliação e do processo de indução da qualidade da pós-graduação brasileira.
O presidente da Comissão, Jorge Luís Audy, explicou que, ao longo de um ano, foram recebidas contribuições de entidades da área de educação, ciência e tecnologia. “O modelo permite capturar diferentes ênfases para os programas de diversas regiões, de forma a respeitar as características, os objetivos, a missão e o público-alvo de cada instituição”, argumenta.
A proposta identificou dez aspectos convergentes a serem melhorados no processo avaliativo, dentre eles, a autoavaliação do programas de pós-graduação, a partir do plano estratégico institucional, a avaliação multidimensional, o impacto e a relevância social e econômica, a formação e o acompanhamento de egressos, um maior equilíbrio entre indicadores quantitativos e qualitativos, a inovação e a internacionalização.
O presidente da CAPES, Abílio Baeta, considerou o documento abrangente e pertinente. Informou que agora será feita uma apreciação para saber como absorver as recomendações, em conjunto com o Conselho Técnico Científico da Educação Superior. Ele destacou que é preciso valorizar a autoavaliação. “As instituições devem poder nos ajudar a entender, diante do seu projeto, da sua estratégia, o que conseguiu fazer e quanto alcançou. Dimensões diferentes devem ser tratadas com indicadores de avaliação claramente distintos”, afirmou.
Baeta enfatizou ainda o papel fundamental dos pró-reitores neste processo de mudança. “São atores e não simplesmente receptores, pois têm o papel central nas instituições para estimular as mudanças necessárias”.
O presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Curi, demostrou a preocupação em relação a expansão da pós-graduação brasileira não apenas pela questão da qualidade imediata, mas para formar novos cientistas para suceder os que em breve deixarão de atuar. “A sucessão da pesquisa e da ciência brasileira depende da continua qualificação dela e das agendas das instituições”, alegou ele, afirmando ser necessário refletir para gerar elementos de acordo com o futuro científico do País.
(Brasília – CCS/CAPES)
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