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Alunos do Ciência sem Fronteiras vencem competição no Canadá
Dois estudantes do programa Ciência sem Fronteiras na Universidade de Toronto, Renan Rocha Gomes e Ricardo Ritter de Souza Barnasky, foram vencedores da competição de design MSE 558. A competição deste ano pediu aos alunos que criassem infraestruturas de hidrogênio sustentáveis para aplicações de nicho de mercado.
A competência em desenho técnico foi altamente considerada, mas os critérios de julgamento também incluíam um plano de negócios completo que considerasse fatores de viabilidade, incluindo a ciência ambiental, segurança, economia e marketing. Como explica o professor Steven Thorpe. "O projeto de engenharia de sucesso envolve muito mais do que capacidade técnica. Criação de valor e absorção exige planejamento e análise de parâmetros muito além princípios tradicionais de engenharia", disse Thorpe, professor da disciplina nos últimos dez anos.
A equipe da qual os estudantes do CsF faziam parte, composta de estudantes dos cursos de ciência dos materiais, engenharia elétrica e engenharia da computação, apresentou um projeto para máquinas colhedoras sem emissão de carbono como um meio de aumentar a sustentabilidade no setor agrícola canadense. O conceito envolve a integração de um sistema de combustível de hidrogênio como uma alternativa ambientalmente correta para máquinas colhedoras. O plano também inclui soluções para gerar a absorção de uma série de outros potenciais produtos agrícolas também.
De acordo com o professor Thorpe, para o desenvolvimento de produtos de sucesso, os engenheiros precisam aprender a pensar e considerar variáveis além das especificações técnicas. "Nossa competição reflete isso. Os critérios de julgamento são também empresariais e ambientais, e a equipe vencedora, apresentou uma boa combinação de todos eles".
MSE 558
A competição é promovida por um curso aberto a graduação sênior e estudantes de mestrado por meio da Faculdade de Ciências e Engenharia Aplicada, com a intenção de promover uma abordagem multidisciplinar. Os juízes também foram selecionados para refletir a mesma diversidade de conhecimentos, com representantes da indústria, como a aeroespacial Pratt & Whitney Canada e empresa de engenharia civil, a BA Group.
Para Jonathan Hoo, estudante que fez parte da equipe vencedora, o projeto do curso apresentou desafios ainda desconhecidas. "Foi realmente uma experiência de abrir os olhos à medida em que fomos expostos a perspectivas, habilidades, ideias e abordagens que não temos em projetos de engenharia típicos ou laboratórios", ressalta.
O professor Thorpe acredita que design eficaz na engenharia desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida em uma escala global. "Estou muito encantado novamente para envolver os alunos de várias disciplinas de engenharia para colaborar, mas também estudantes do Ciência Sem Fronteiras, que forneceram informações valiosas de uma parte diferente do mundo", conclui.
CsF
Lançado em dezembro de 2011, o
Ciência sem Fronteiras
já concedeu mais de 83 mil bolsas. A meta do programa é oferecer 101 mil bolsas até 2015. O programa busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq.
Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. Dados do programa podem ser consultados no Painel de Controle do CsF .
A continuidade do programa até o ano de 2018 foi anunciada nesta quarta-feira, 25, no Palácio do Planalto, em Brasília.
( com informações da Universidade de Toronto )